Mosteiro de Nossa Senhora da Consolação de Alferrara

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/TT/MNSCAL
Title type
Atribuído
Descriptive dates
[1372?]-1827
Dimension and support
6 liv., 4 mç.; perg., papel
Biography or history
O Mosteiro de Nossa Senhora da Consolação de Alferrara era masculino, e pertencia à Ordem dos Eremitas de São Paulo, Primeiro Eremita.

Teve origem em eremitério documentado desde 1385, junto à Fonte Santa e à ermida de Almouquim, nos termos de Alferrara e Palmela. À imitação do eremitério de Barriga, a provença de Alferrara foi objecto da acção reformadora de Mendo Gomes de Seabra, que, de acordo com o testemunho do próprio, datado de 1428, desde cedo a submeteu à "irmandade da Serra de Ossa", reconhecendo a esta o direito de nomear os pobres que a deveriam habitar e visitar, usufruindo o eremitério, por seu lado, dos privilégios outorgados à Serra de Ossa. À data da morte do fundador, o eremitério foi entregue aos cuidados de um outro eremita, o clérigo João Eanes, encarregue por Mendo Seabra de governar as provenças de Alferrara, Mendoliva e Cela Nova, mantendo, contudo, a irmandade com a Serra de Ossa.

Em 1454, Afonso V confirma a extensão a este eremitério de todos os privilégios da Serra de Ossa.

Em 1458, pela bula "Speciali gratia", Pio II concedia-lhes a isenção do pagamento da dízima sobre os frutos das herdades da provença.

Em 1466, consta da lista das casas sujeitas à Serra de Ossa. A este cenóbio seriam anexadas as rendas da casa de Mendoliva, abandonada em 1531 por falta de água, bem como as da Junqueira, em 1645.

Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.

Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.
Custodial history
Em 1894, a 14 de Maio, foram incorporados os documentos vindos da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais.

Em Outrubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas.
Scope and content
Contém livros de inventário, de receita, de cobrança de rendimentos e de notícias das capelas do convento.

Fundos Eclesiásticos; Ordem dos Eremitas de São Paulo, Primeiro Eremita
Arrangement
Ordenação numérica específica para cada tipo de unidade de instalação (livros e maços).
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.

Índice (inventário) dos livros de diversos conventos, ordens militares e outras corporações religiosas guardadas no Arquivo da Torre do Tombo, conventos diversos, caderneta 1 (Ajuda a Avis) (C 268) f. 225.

Relação de documentos vindos da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais, em 14 de Maio de 1894 (organização topográfica: L) (C 279) f. 24, 31, 37.
Related material
Portugal, Biblioteca Pública de Évora.

Portugal, Torre do Tombo, Colecção Especial

Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, cx. 2251, inv. n.º 365.

Portugal, Torre do Tombo, Mosteiro do Santíssimo Sacramento de Lisboa
Publication notes
"Ordens religiosas em Portugal: das origens a Trento: guia histórico". Dir. Bernardo de Vasconcelos e Sousa. Lisboa: Livros Horizonte, 2005. ISBN 972-24-1433-X. p. 139-140
Creation date
04/04/2011 00:00:00
Last modification
11/08/2023 09:42:53