Mosteiro de São Paulo de Almaziva

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/TT/MSPAL
Title type
Atribuído
Date range
1123 Date is certain to 1579 Date is certain
Dimension and support
8 mç.; papel, perg.
Biography or history
O Mosteiro de São Paulo de Almaziva era masculino, e pertencia à Ordem de Cister.

Também era designado por Mosteiro de São Paulo de Coimbra.

As origens deste mosteiro datam de cerca de 1181.

O estatuto 65 do Capítulo Geral de Cister de 1220 indica que o chantre de Lisboa, D. Fernando Peres, tinha a intenção de fundar nas suas terras uma abadia filiada ao Mosteiro de Alcobaça.

Em Janeiro do mesmo ano, o bispo de Coimbra, D. Pedro Soares, autorizou o Mosteiro de São Paulo de Frades a observar a reforma de Cister.

Em 1221, a 20 de Dezembro, pela bula "Religiosam vitam eligentibus" de Honório III, o Mosteiro viu confirmada a posse dos bens que possuía antes da comunidade se tornar cisterciense, sendo então, provavelmente, beneditina.

No "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarves, pelos anos de 1320 e 1321" o mosteiro surge taxado em 500 libras, e pertencendo ao bispado de Coimbra.

Sob o governo do abade D. Jorge de Alcobaça (1514-1548), o Mosteiro de São Paulo conheceu um período de prosperidade.

Por ocasião da visita do abade de Claraval (1532-1533), o mosteiro tinha, além do seu abade, seis religiosos.

Em 1544 foi suprimido; o rendimento dos seus bens foi entregue ao Colégio de São Bernardo de Coimbra.

Em 1559, o cenóbio foi restabelecido, para nele residir apenas um religioso encarregue, pelo reitor do Colégio, de satisfazer as necessidades espirituais das populações vizinhas.
Custodial history
Ainda não é conhecida a história custodial desta documentação .

Parte da documentação esteve integrada na designada Colecção Especial. Entre os anos de 1938 e 1990, sempre que possível e considerando a sua proveniência, a documentação foi reintegrada nos fundos, numa tentativa de reconstituição dos cartórios de origem. Estes documentos foram ordenados cronologicamente, constituídos maços com cerca de 40 documentos, aos quais foi dada uma numeração sequencial.

Em Outrubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas.
Scope and content
Contém apresentações, breves, carta declaratória apostólica a favor do Mosteiro, carta inibitória e compulsória contra os moradores de Alfarelos, cartas de doação (inclui a do rei D. João II, a das marinhas da foz do Mondego), cartas de execução, de venda, de compra, de posse, de quitação, de trespasse, de confirmação (inclui a de frei Gregório na abadia do Mosteiro de São Paulo), de escambo (inclui a realizada entre o Mosteiro e a igreja do Salvador de Coimbra), composições (inclui a celebrada por D. Dinis sobre as décimas), contratos, a demarcação com o Mosteiro de Lorvão, emprazamentos (inclui os moradores de Penacova), indulgência do papa Martinho V, interdito apostólico contra os moradores de Alfarelos, isenções de décimas e dízimas, monitório geral, privilégios concedidos ao Mosteiro e aos seus criados (inclui o do papa Inocêncio IV), procurações, protestos, sentenças (inclui a de composição do Mosteiro com o prior do Salvador de Montemor-o-Velho dada pelo bispo de Coimbra no ano de 1303), o tombo do Mosteiro de 1482, transacções, o traslado da doação de D. Afonso Henriques a seus filhos D. Sancho e D. Teresa, entre outros.

A documentação menciona bens situados nos lugares e termos de Alfarelos, Botão, Coimbra, "Lordomão", Montemor-o-Velho, Rua da Moeda, São Romão, Vila Franca, Vilarinho.

A documentação refere as vilas e lugares de Alcobaça, Galhufe, Marmeleira, São Romão, Valbom, Vila Franca, Vilarinho. Refere também, o papa Honório III, o bispo de Coimbra, o cardeal infante D. Henrique, D. Afonso Henriques e seus filhos D. Sancho e D. Teresa, D. Afonso II, D. Dinis, Afonso IV, o infante D. Pedro, D. Fernando, D. João I e a infanta D. Isabel, sua filha. Refere ainda, frei Bernardo, abade do Mosteiro, frei Manuel dos Anjos e António de Sá, governador de Alcobaça, frei João da Serra, a igreja de São João de Guelhufe, os Mosteiros de Santa Maria da Estrela ou de Nossa Senhora da Estrela, e de Tamarães.

Alguns dos documentos contêm vestígios de selos pendentes.

Fundos Eclesiásticos; Ordem de Cister; Masculino
Arrangement
Ordenação numérica específica para cada tipo de unidade de instalação (livros e maços).
Language of the material
Latim, português
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.

Inventário das Corporações Religiosas, desintegrado da antiga Colecção Especial (inclui a tabela de equivalência e a "Nota explicativa" da restituição dos documentos aos cartórios de origem, feita pela conservadora Maria Teresa Geraldes Barbosa Acabado), em 24 de Julho de 1978 (L 208) p. 1v-2.
Related material
Portugal, Arquivo da Universidade de Coimbra.

Portugal, Arquivo Distrital de Braga.
Publication notes
"Ordens religiosas em Portugal: das origens a Trento: guia histórico". Dir. Bernardo de Vasconcelos e Sousa. Lisboa: Livros Horizonte, 2005. ISBN 972-24-1433-X. p. 114-115
MARQUES, José - A arquidiocese de Braga no séc. XV. Lisboa: INCM, (1988). (Temas Portugueses). p. 428.
SANTOS, Maria José Azevedo - Alguns aspectos do tabelionado em Coimbra (séculos XIV-XV). Arquivo Coimbrão: Boletim da Biblioteca Municipal de Coimbra. Coimbra: B.M. Coimbra. Vol. XXXIII-XXXIV (1990-1992) p. 125-150 . Separata do Arquivo Coimbrão.
SANTOS, Maria José Azevedo - As Origens do Mosteiro de São Paulo de Almaziva. Arquivo Coimbrão: Boletim da Biblioteca Municipal de Coimbra. Coimbra: B.M. Coimbra. Vol. XXIX/XXX (1982-1983) p. 213-258.
Creation date
04/04/2011 00:00:00
Last modification
11/08/2023 09:42:57