Mosteiro de São João de Cabanas

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/TT/MSJC
Title type
Atribuído
Date range
1515 Date is certain to 1801 Date is certain
Dimension and support
11 liv., 2 mç.; perg., papel
Biography or history
O Mosteiro de São João de Cabanas era masculino, e pertencia à Ordem e à Congregação de São Bento.

Antes de 1168, provavelmente, foi fundado, conforme lápide sepulcral existente, na freguesia de Cabanas, concelho de Viana do Castelo.

Em 1177, teve carta de couto dada por D. Sancho I. Nessa altura já seguia, decerto, a Regra de São Bento.

Nas Inquirições régias de 1258, encontram-se referências a este mosteiro.

No catálogo das igrejas, comendas e mosteiros do Reino em 1320, pertencia ao bispado de Tui e foi taxado em 150 libras.

No princípio do século XVI, foi primeiro abade comendatário Fernão Brandão, e o último, seu filho Brás Brandão. Em 1590, por falecimento deste, o mosteiro entrou na Congregação de São Bento, embora a tomada de posse para efeitos de reforma disciplinar date do ano de 1569.

A integração na Congregação foi contestada pelo facto do rei D. Manuel ter anteriormente obtido de Roma a transformação do mosteiro em comenda da Ordem de Cristo (de nomeação régia), o que impediu a Congregação de repovoar o mosteiro até 1613.

No mesmo ano, foi eleito o primeiro abade trienal (sem contar com a eleição, contestada, de um abade em 1590) por acordo com a Coroa, mediante uma pensão a pagar à Cartuxa de Caxias.

Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.

Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.

Localização / freguesia: Afife (Viana do Castelo, Viana do Castelo)
Custodial history
A toda a documentação dos cartórios de mosteiros ou conventos custodiados pela Repartição da Fazenda de Viana do Castelo foi atribuída uma numeração sequencial. Desta fase de custódia resultou a designação genérica de "Conventos de Viana" por que passaram a ser conhecidos.

Mais tarde, foram transferidos para a Inspecção Geral das Bibliotecas e Arquivos Públicos, em virtude do art.º 6.º do Decreto de 29 de Dezembro de 1887 e do ofício da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais, de 31 de Outubro de 1889, sendo incorporados no Arquivo da Torre do Tombo, em 5 de Maio de 1890.

A documentação foi sujeita a tratamento arquivístico, no final da década de 1990, empreendido por técnicos da Torre do Tombo e por investigadores externos. Em Outubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas. Desta intervenção resultou o facto de cada ordem religiosa passar a ser considerada como grupo de fundos, e simultaneamente como fundo, constituído a partir da documentação proveniente da casa-mãe ou provincial, alteração esta que provocou a alteração de cotas nos fundos intervencionados.

Foram constituídas séries documentais segundo o princípio da ordem original sempre que possível (com base em índices de cartórios quando existentes), correspondendo à tipologia formal dos actos, e que, na generalidade, é documentação que se apresenta em livro. A documentação que se encontra instalada em maços foi considerada como uma colecção ao nível da série, com a designação de 'Documentos vários', não tendo sido objecto de intervenção.

Este projecto deu origem à publicação da monografia designada 'Ordens monástico-conventuais: inventário', com a coordenação de José Mattoso e Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha.
Scope and content
Contém tombos de propriedades, registo de prazos, documentos de demandas de D. Maria Inês Pimentel, autos e sentenças.

Fundos Eclesiásticos; Ordem de São Bento; Masculino
Arrangement
Organização em séries documentais correspondendo à tipologia formal dos actos.
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.

MATTOSO, Fr. José - "Documentos beneditinos da Torre do Tombo". Lisboa: [s.n.], 1970. Sep. de "Lusitania Sacra", 8.

Exemplar disponível no Serviço de Referência do IAN/TT: (L 285 A).

Relação dos livros e documentos vindos da Repartição de Fazenda de Viana do Castelo, de 20 de Dezembro de 1889, recebidos na Torre do Tombo, em 5 de Maio de 1890 (L 282), f. 29.

"Tabelas de correspondência entre os números de ordem antigos referentes ao índice L 282 - "Conventos de Viana" e a nova ordem atribuída", Outubro 1990 (L 552).

INSTITUTO DOS ARQUIVOS NACIONAIS/TORRE DO TOMBO - "Ordens monástico-conventuais: inventário: Ordem de São Bento, Ordem do Carmo, Ordem dos Carmelitas Descalços, Ordem dos Frades Menores, Ordem da Conceição de Maria." Coord. José Mattoso, Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha. Lisboa: IAN/TT, 2002. XIX, 438 p. ISBN 972-8107-63-3. (L 615) p. 35-37.
Related material
Portugal, Arquivo Distrital de Braga.

Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, cx. 2203 , inv. n.º 69.

Portugal, Arquivo Municipal de Viana do Castelo, Fundo Figueiredo da Guerra.
Publication notes
"Ordens religiosas em Portugal: das origens a Trento: guia histórico". Dir. Bernardo de Vasconcelos e Sousa. Lisboa: Livros Horizonte, 2005. ISBN 972-24-1433-X. p. 75
Creation date
07/04/2011 00:00:00
Last modification
11/08/2023 09:47:07