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A D. Álvaro de Castro, governador da casa do cível, foi dada carta de confirmação de escambo, conforme documento inserto, no qual se diz que "no ano de 1498 a 23 de Agosto em Lisboa nas casas de morada de D. Álvaro de Castro, governador da Casa do Cível e do conselho real, estando aí o dito Senhor governador e da outra parte estando aí Clemente Fernandes, escudeiro de D. Diogo Lobo, morador em Alverca em seu nome e de Violante de Borba sua mulher cuja outorga ficou de dar a este contrato: Pelas partes foi dito que é verdade que estas casas de morada do governador são de um morgado de que Clemente Fernandes é administrador o qual morgado foi instituído por Afonso Domingues, privado que foi de D. Fernando o qual morgado tem uma capela situada na Igreja de S. Bartolomeu desta cidade e as ditas casas têm um quintal.

Description level
Item Item
Reference code
PT/TT/CHR/K/29/124-449V
Title type
Formal
Date range
1498-09-20 Date is certain to 1498-09-20 Date is certain
Dimension and support
184 linhas
Extents
184 Livros
Scope and content
.. E haverá agora 2 anos que o governador comprou o prazo destas casas por consentimento de Clemente Fernandes e as achou danificadas e porque as tinha em duas vidas que muito breve expirava e não ousava fazer nelas despesa e benfeitorias como desejava e como era necessário para sua vivenda ele veio a cometer o dito Clemente Fernandes que quisesse escambar as ditas casas..." Propôs dar "35 mil reais em mão de Duarte Brandão, fidalgo da casa real e do seu conselho que é homem muito abonado para que os tenha em sua mão até que Clemente Fernandes ache outra propriedade à sua vontade..." Fez-se o escambo, perante as seguintes testemunhas: Duarte Brandão e Brás Afonso Correia corregedor da dita cidade e António Fernandes Moreira, cavaleiro da casa do dito Senhor, moradores na dita cidade. Em 7 de Setembro do dito ano na dita cidade, no paço dos tabeliães Duarte Brandão apresentou um público instrumento de procuração que diz que a 3 de Setembro de 1498 em Alverca, nas casas de Clemente Fernandes, escudeiro, foi feito o escambo e ele nomeado procurador de D. Violante de Borba. O rei confirmou o contrato, vista a escritura pública feita e assinada por Vasco Gonçalves, tabelião público em Lisboa a 9 de Setembro de 1416. Depois foi tirada inquirição a qual foi feita pelo doutor João Façanha do desembargo real e por Francisco Dias escrivão do dito desembargo. E por ele se viu que era verdade que as casas estavam muito danificadas e que "pelos 35 mil reais que o governador dava se acharia geralmente umas casas que rendessem um moio de trigo em cada um ano, foro para a dita capela ... e que assim o dito escambo era feito em proveito do dito morgado e capela e que não fora feita peita nem ameaça". El-rei o mandou e a Rainha sua irmã governador por ele destes seus reinos e senhorios assinou. Não diz quem a fez.
Physical location
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 29, f. 124v
Creation date
29/04/2011 00:00:00
Last modification
08/02/2024 08:55:55
Record not reviewed.