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Inventário de extinção do Convento de Santos-o-Novo de Lisboa

Description level
File File
Reference code
PT/TT/MF-DGFP/E/002/00085
Title type
Atribuído
Date range
1719 Date is certain to 1936 Date is certain
Dimension and support
1 proc., plantas (4280 f.); papel, perg.
Scope and content
O Convento pertencia à Ordem Militar de Santiago da Espada, estava situado na freguesia de Santa Engrácia, em Lisboa.

Teve a sua origem numa doação feita por D. Sancho I, em 1186, aos cavaleiros da Ordem de Santiago, da primeira casa na Arruda destinada às comendadeiras religiosas, que mais tarde passaram para Santos-o-Velho, onde permaneceram até que D. João II mandou edificar o edifício em Santos-o-Novo.

Foi extinto em 9 de Maio de 1895.

Inclui documentação de António Maria de Brito e Mello, tutor da interdicta (por demência) vigária D. Maria do Carmo Brito Guedes Portugal (eleita em 1824), filha de António Maria de Brito Pacheco de Vilhena, fidalgo da Casa Real, e de D. Antónia Leonor Pereira Pinto de Ataíde Portugal. Faleceu aos 94 anos de idade, no dia 18 de Agosto de 1896.

Residiram no edifício as comendadeiras: D. Maria José de Meneses, D. Teresa de Mello Breyner, D. Sofia da Gama Berquó, D. Maria da Piedade Ordaz, entre outras. Algumas estiveram acompanhadas pela família.

A sua admissão, era proposta à superiora ou regente, primeiro cargo de que foi investida D. Maria do Carmo Brito e Portugal, última religiosa.

A superiora, por seu lado, propunha a admissão às moças do coro, se fosse favorável era submetida à sanção do patriarca.

A regente era escolhida por eleição, sucedendo-se à última religiosa, a marquesa de Sampaio, D. Helena Porto Carrero de Roure, D. Maria José Noronha de Meneses, entre outras.

Cabia ao Ministério do Reino conceder o título de comendadeira, e ao de Justiça confirmá-lo.

Contém documentação do conde do Restelo, da condessa de Sabugosa e Murça, do visconde de Valmor, de familiares de militares falecidos (no exercício das suas funções) a requererem moradia no extinto Convento de Santos, entre outros.

Reúne autos de avaliação de foros, bem como ofícios sobre objectos recolhidos pelo Museu Nacional de Arte Antiga.

Integra documentação relativa ao conde de Valenças: cópia extraída de matrizes prediais, lista da hasta pública do foro imposto numa casa apalaçada com alameda e jardim, na Rua do Pau de Bandeira, n.º 24, freguesia da Lapa (7 de Janeiro de 1908).

Inclui um relatório acerca da fundação do Convento, descrição de propriedades rústicas e urbanas, anexas, arrematações, enfiteutas, foros e débitos de: Jacques Ubergues, D. Mariana de Lencastre, visconde de Asseca, Nação Britânica, conde de Valenças, entre outros.

Contém o auto de conferência e remoção das capelas - S. Sebastião, Santos Mártires, Nossa Senhora da Conceição, Santo António, Nossa Senhora da Luz - situadas no claustro superior do Convento de Santos-o-Novo.

Em 9 de Março de 1921, José Augusto Pereira Pimentel, 3.º oficial da Direcção Geral da Fazenda Pública, procedeu à desmontagem e remoção de todas as capelas existentes no claustro superior.

O recheio e apetrechamento da igreja, altares, paramentos, alfaias, existentes no edifício e pertencentes ao Estado, foram entregues pela regente D. Maria Filomena Patacho, estando presentes dois funcionários da Fazenda Pública (José Augusto Pereira Pimentel, e Gustavo Mendes Ferreira Cabral), à Irmandade do Senhor dos Passos cuja presidente era Maria Zuzarte de Mascarenhas, 1.ª secretária Maria da Cunha e Sousa Pinto Cardoso, 2.ª secretária Maria Teresa de Mello Breyner de Portugal, procuradora Joaquina de Magalhães Mexia Salema, tesoureira Maria da Conceição Ribeiros, com sede no Recolhimento de Santos-o-Novo, em 7 de Julho de 1936.

Reúne cópias do auto de remessa e da relação de móveis e paramentos tranportados do Convento de Santos para o Palácio Nacional de Queluz, em 30 de Abril de 1919, escritura de aforamento do tabelião público de notas de Lisboa: Inácio de Sampaio e Araújo (1719).

Integra o requerimento de D. Francisca de Sande e Castro, prelada comendadeira, e mais donas do Real Convento de Santos, a solicitarem a anulação da arrematação da cerca do Convento, em 1 de Novembro de 1861, propostas de anulação de foros, folha da despesa do funeral da última vigária, entre outros.

Contempla o inventário do recheio do antigo Convento (1921), e nota dos objectos vendidos em hasta pública, 94 f., bem como autos do inventário administrativo de todos os bens pertencentes ao Convento de Santos-o-Novo, em virtude do ofício da Repartição da Fazenda, do Distrito de Lisboa, n.º 576, de 27 de Agosto de 1894 (1.ª parte: objectos de culto e profanos, edifício, igreja, cerca e anexos), inclui a planta geral do Convento (f. 134).

Contém dois cadernos: 1ª e 2.ª parte das avaliações dos foros - Bairro Ocidental de Lisboa, na freguesia de Santa Engrácia - pertencentes às comendadeiras de Santos-o-Novo (1881), e no Bairro Oriental de Lisboa, na freguesia de Santa Catarina (1882), assinados pela vigária D. Maria do Carmo Brito Guedes Portugal, entre outros.

Contém também quatro cadernos do inventário do Convento, anexos, e outros, elaborado em 1858.

Inclui autos de avaliação de foros impostos em propriedades urbanas na freguesia de Santa Catarina - inclui uma procuração assinada pela comendadeira, D. Francisca de Sande e Castro, D. Joana Mouzinho de Albuquerque, secretária, e D. Mariana José Mouzinho de Albuquerque, mordoma, todas encarregadas do governo e administração do Convento de Santos, a constituirem Serafim António Martins como procurador geral do Convento, em 29 de Novembro de 1863 (selo de chapa do convento, 1863-1864).

Integra o caderno com o mapa de prazos, elaborado por Serafim António Martins, empregado da Fazenda e e assinado por D. Francisca de Sande e Castro, prelada-comendadeira (30 de Julho de 1860) das seguintes propriedades:

- Bairro de Alcântara, freguesia de Santa Catarina (Ruas de S. Bento, entre outras), freguesia de Nossa Senhora das Mercês, e de Santa Catarina (Rua da Cruz, da Quintinha, Calçada de Castelo Picão, entre outros), freguesia de Santos-o-Velho, e Lapa (Ruas da Santíssima Trindade, do Pau da Bandeira), e mais freguesias: S. Pedro de Alcântara, Bairro Alto, da Encarnação, S. Sebastião da Pedreira, Bairro do Rossio, de São Julião, Bairro de Alfama, de Santa Engrácia, entre outros distritos, concelhos e freguesias, bem como prédios rústicos e bens imóveis.

Compreende nomeações de louvados especializados em diversas áreas, cartas precatórias para avaliação de bens, autos de arrendamentos, carta de D. Luís I da venda de foros impostos em prazos no bairro ocidental de Lisboa (1884, perg.), documentação relativa ao arrendamento de terreno pelas herdeiras do Conselheiro António Maria Pereira Carrilho, D. Henriqueta Angélica Pereira Carrilho e D. Maria Antónia Pereira Carrilho Bastos (1899-1909).

Contempla a planta de prédios foreiros: Rua do Olival, entre outros, nota de contribuição predial, freguesia de Santa Catarina de Lisboa (1863), certidões (de título de senhorio directo relativa a Carlos Augusto de Sousa Folque Possolo, vice-almirante, viúvo e sua filha D. Helena Frederica Wolf Folque Possolo, solteira, maior, incluindo outros concelhos e freguesias, bem como a planta geral do edifício, dependências e terrenos do Convento de Santos-o- Novo em Lisboa, feita por Carlos G. Letourneur, em Lisboa, 10 de Junho de 1895, listas de bens arrematados (impressas), entre outros.

A documentação menciona bens nos concelhos de Lisboa, Aljustrel, Cascais, Cartaxo, Almeirim, Alcochete, Alhos Vedros, Almada, Oeiras, Olivais, Loures, Torres Vedras, Golegã, Moita, Aldeia Galega do Ribatejo, Mafra, Setúbal, Setúbal, Portalegre, Sintra, Vila Franca de Xira, entre outros.
Physical location
Ministério das Finanças, Convento de Santos-o-Novo de Lisboa, cx. 2000 a 2008
Original numbering
IV/A/48 (2) a IV/A/51 (69) - caixa 111, 111-A, 111-B, 112, 112-A, 113, 113-A, 114, 114-A
Language of the material
Português
Notes
Documento selecionado para o projeto "Lx Conventos: Da cidade sacra à cidade laica. A extinção das ordens religiosas e as dinâmicas de transformação urbana na Lisboa do século XIX.", financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (PTDC/CPC-HAT/4703/2012). Este projeto tem como Instituição Proponente o Instituto de História de Arte, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, que decorreu entre Maio de 2013 e Abril de 2015.
Creation date
19/03/2009 00:00:00
Last modification
12/07/2016 10:19:33