Casa da Congregação da Missão de Rilhafoles

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/TT/CCMR
Title type
Atribuído
Date range
1625 Date is certain to 1834 Date is certain
Dimension and support
9 liv., 4 mç.; papel
Biography or history
A Casa de Rilhafoles, era masculina e pertencia à Congregação da Missão, fundada por São Vicente de Paulo.

Também designada por Congregação da Missão da Real Casa de Lisboa (1814), Casa da Congregação da Missão em Lisboa, Casa da Congregação da Missão em Rilhafoles, Casa de São João e São Paulo, Casa de Rilhafoles, ou Casa da Cruz de Lisboa.

A fundação foi autorizada por breve pontifício de 10 de Setembro de 1717, por consentimento de D. Tomás de Almeida, cardeal patriarca de Lisboa Ocidental, e pelos Alvarás de 22 de Julho de 1714 e de 14 de Janeiro de 1717.

De 1720, 25 de Junho, em Lisboa ocidental, na freguesia de Nossa Senhora da Pena, junto ao Convento de Santo António dos Capuchos, data o instrumento de contrato de promessa de venda condicional e pura, da quinta de Rilhafoles, por treze mil e quinhentos cruzados feito por José de Melo da Silva e por sua mulher, D. Brites Antónia Coutinho de Menezes (de quem foi procurador) moradores ao chafariz de Arroios, ao padre José Gomes da Costa, primeiro superior da Casa da Congregação da Missão de Lisboa, natural do arcebispado de Braga, residente na Cúria Romana, durante vários anos, agregado à Congregação dos Padres da Missão da província romana.

Desta quinta faziam parte três prazos foreiros, respectivamente, ao Convento de São Domingos de Lisboa, à capela de D. Isabel de Sousa, instituída na igreja de Santa Cruz do Castelo, e administrada pelo reitor do Convento de Santo Elói de Lisboa, e à cadeira quarta da parte do chantre da Sé Oriental, que possuía o cónego Francisco Holbeche.

Em 1720, a 30 de Junho, o padre José Gomes da Costa tomou posse da quinta para nela edificar o convento e a igreja da nova Casa da Missão de Portugal.

Em 1723, a 26 de Abril, por despacho do cabido de 28 de Novembro de 1720, o deão e cabido da sé metropolitana de Lisboa Oriental, a requerimento de José de Melo da Silva, e de sua mulher, passaram alvará de licença de venda do foro do prazo de uma vinha foreira à cadeira quarta da parte do chantre da Sé Oriental, que possuía o cónego Francisco Holbeche.

A Casa de Rilhafoles recebia rendimentos pagos pelo Almoxarifado dos Vinhos de Lisboa, pela Alfândega dos Portos Secos, pelo Almoxarifado da Casa das Carnes, pelo Almoxarifado dos Cincos, pela Alfândega de Buarcos.

Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.

Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.

Em 1834, a 2 de Junho, iniciaram-se os autos de inventário dos objectos de culto religioso da igreja, sacristia e capelas, mandados fazer por Portaria de 21 de Maio, da Junta do Exame do Estado Actual e Melhoramento Temporal das Ordens Regulares, encarregada da "Reforma geral eclesiástica", cometidos ao juiz inventariante, Dr. Manuel Vaz Eugénio Gomes, e realizados na presença do padre José da Silva Coelho, superior da Casa. Foi escrivão João Gualberto da Silva.
Custodial history
Em 1867, a 26 de Janeiro, em virtude das Portarias do Ministério da Fazenda de 26 de Novembro e 24 de Agosto de 1864, os documentos pertencentes à extinta Casa de Rilhafoles foram transferidos do Arquivo da Direcção Geral dos Próprios Nacionais para o Arquivo da Torre do Tombo, como a testa a relação assinada por António Manuel Garcia, 2.º oficial arquivista do Arquivo da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais, e por Roberto Augusto da Costa Campos, oficial diplomático da Torre do Tombo.

Em 1870, em 18 de Outubro, os documentos n.º 1 a 101 foram remetidos do Arquivo da Torre do Tombo, para os Próprios Nacionais, em virtude da requisição de José Luciano de Castro, de 13 de Outubro do referido ano. Permaneceram na Torre do Tombo os documentos n.º 102 a 106.

Em Outrubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas.
Acquisition information
Em 2016, em dezembro os livros n.º 8 e 9 foram adquiridos por doação de Pedro Pinto, que os tinha comprado num alfarrabista.
Scope and content
Contém documentação relativa à aquisição da quinta de Rilhafoles e dos três prazos, o alvará de D. João V concedendo rendimentos à Casa da Congregação da Missão de Rilhafoles, certidão do desconto feito no pagamento de seiscentos mil réis relativos à folha da alfândega da Figueira para a contribuição da defesa, documentos relativos à Décima Eclesiástica, e documento relativo à contribuição contra os franceses.

Inclui um apontamento sobre as primeiras Armas do reino de Portugal, os autos do inventário dos objectos de culto da igreja, sacristia e capelas, feito em 1834.

A bula da Santa Sé de 30 de Setembro de 1745 refere a união de metade dos frutos das igrejas de Fontelas e Cidadelhe, do bispado do Porto.

Inclui documentos relativos à igreja portuguesa de São José de Pequim.

Fundos Eclesiásticos; Congregação da Missão
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.

Relação de documentos vindos da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais, em 14 de Maio de 1894 (letras L-V) (C 280). Organização topográfica.

Relação de documentos pertencentes à extinta Congregação de Rilhafoles que, em virtude das Portarias do Ministério da Fazenda de 26 de Novembro e 24 de Agosto de 1864, foram transferidos do Arquivo da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais para o Arquivo da Torre do Tombo, em 26 de Janeiro de 1867 (C 325).
Related material
Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, cx. 2234 , inv. n.º 229.
Creation date
10/03/2011 00:00:00
Last modification
11/08/2023 09:42:45