Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/TT/MSMMD
Title type
Atribuído
Date range
1726 Date is certain to 1732 Date is certain
Dimension and support
1 liv.; papel
Biography or history
O Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão era masculino e pertencia à Ordem de Cister.

Foi fundado por Soeiro Teodoniz, próximo da igreja de Moimenta dos Frades, depois de 1154. Em data não identificada, mas já depois de 1168, foi transferido para Maceira Dão e, vivendo na observância beneditina, a 25 de Outubro de 1188, veio a ser filiado à ordem de Cister e mais tarde agregado a Alcobaça (provavelmente já no século XIII). A primeira menção da abadia de Maceira Dão nas actas dos capítulos gerais de Cister data de 1195.

Em 1321, pertencia ao bispado de Viseu e segundo o "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarves, pelos anos de 1320 e 1321", foi taxado em 500 libras. Sendo um mosteiro de pequenas dimensões, não sofreu a presença dos abades comendatários e parece ter tido uma existência pacífica.

Em 1470, a 12 de Novembro, por bula de Paulo II "Ad undientiam ?" dirigida aos abades dos mosteiros de Santa Maria de Maceira Dão (diocese de Viseu) e de Santa Maria de Salzedas (diocese de Lamego), foi ordenada a nomeação dos abades destes mosteiros para tratarem de incorporar todos os bens que se encontravam ilicitamente separados ou alienados da mesa capitular de Viseu.

Em 1496, a 17 de Março, D. Manuel I confirmou ao mosteiro as honras, privilégios, liberdades, graças e mercês concedidas pelos monarcas anteriores. Por concessão do cardeal D. Henrique, veio a beneficiar dos escassos rendimentos do mosteiro de Vale Madeiro.

Em 1532, aquando da visita de D. Edme de Salieu, Maceira Dão tinha, além do seu abade, quinze monges que sustentava com verdadeiras dificuldades. No entanto, apesar da sua pobreza, segundo os visitadores aragoneses que em 1536 passaram pelo mosteiro, a comunidade era verdadeiramente observante e nada tinha a corrigir. Fr. Simão do Deserto, monge considerado como um santo após a sua morte, dirigia a comunidade em 1564. D. Filipe, para além de determinar por alvará a jurisdição do couto, mais tarde confirmado por D. João V, emitiu duas cartas de privilégios. D. João V viria mais tarde a passar uma provisão a favor dos coutos e privilégios do mosteiro.

Em 1632, o mosteiro atinge o número máximo de quinze frades.

Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.

Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.
Custodial history
Existe a informação de que em 1842, a documentação do extinto convento, depositada no Seminário de Viseu, desapareceu num incêndio.

Ainda não é conhecida a história custodial desta documentação.

Em Outrubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas.
Scope and content
Contém o registo das escrituras dos emprazamentos.

A documentação menciona bens situados nos termos de Mangualde, Seia, Azurara da Beira, Viseu, entre outros.

Contém sinais de tabeliães.

Fundos Eclesiásticos; Ordem de Cister; Masculino
Arrangement
Ordenação numérica específica para cada tipo de unidade de instalação (livro).
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.

Índice (inventário) dos livros de diversos conventos, ordens militares e outras corporações religiosas guardados no Arquivo da Torre do Tombo, conventos diversos, caderneta 3 (Santo Elói a Teatinos), (C 270) f. 62.
Related material
Portugal, Arquivo Distrital de Viseu, [pergaminhos]

Portugal, Arquivo Distrital de Viseu, Convento de Santa Maria de Fornos de Maceira Dão

Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, Mosteiro de Santa Maria [do Monte] de Maceiradão, cx. 2237 , inv. n.º 245
Publication notes
"Ordens religiosas em Portugal: das origens a Trento: guia histórico". Dir. Bernardo de Vasconcelos e Sousa. Lisboa: Livros Horizonte, 2005. ISBN 972-24-1433-X. p. 109.
Creation date
04/04/2011 00:00:00
Last modification
11/08/2023 09:42:56