Mosteiro de Santa Maria da Vitória da Batalha

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/TT/MSMVB
Title type
Atribuído
Date range
1359 Date is certain to 1834 Date is certain
Dimension and support
8 liv., 2 mç.; perg., papel
Biography or history
O Mosteiro de Santa Maria da Vitória da Batalha era masculino, e pertencia à Ordem dos Pregadores (Dominicanos).

É também designado por Convento de Santa Maria da Vitória da Batalha, ou Convento de Santa Maria da Vitória.

Cerca de 1388, foi fundado por iniciativa de D. João I, em honra de Santa Maria e em acção de graças pela vitória alcançada contra o exército castelhano na batalha de Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385.

Por influência de Frei Lourenço Lampreia e do chanceler João das Regras, D. João I confiou à Ordem dos Pregadores a edificação do convento. As obras, levadas a cabo por mão-de-obra técnica e artística especializada, prolongaram-se durante mais de um século.

A fundação do Mosteiro veio a dar origem ao estabelecimento do concelho de Santa Maria da Vitória da Batalha em 1500.

Feito panteão da Casa de Avis a partir de 1416, e apesar da importância que alcançou como meio de afirmação e símbolo da dignidade da nova dinastia, desde o início de quinhentos, o convento foi entrando progressivamente na dependência dos favores régios e revelando-se incapaz de defender autonomamente o seu domínio e posição económica. Em contrapartida, acentuou-se o seu papel como centro de cultura de âmbito nacional e ponto de acolhimento dos mais diversos viajantes. A residência frequente do provincial dominicano no convento da Batalha transformou-o num centro de decisão significativo para o funcionamento das casas da Província.

Entre 1538 e 1539, acolheu o Colégio de São Tomás de Aquino transferido depois para Lisboa, e novamente para Coimbra. Ao "studium" da Batalha que, de acordo com o Capítulo Geral celebrado em Salamanca em 1551, passou de particular a geral, estiveram associados intelectuais como Frei Bartolomeu dos Mártires e Frei Jerónimo de Azambuja.

D. Manuel, empenhado desde o início de 1500 na promoção da reforma da província portuguesa dos Pregadores, em 1513 tentou transformar, embora sem sucesso, os claustrais da Batalha em instituto observante.

Obra de arquitectos e mestres como Afonso Domingues (primeiro arquitecto do convento) e Huguette (que introduziu no edifício o gótico flamejante), funcionou durante 150 anos como uma escola de arquitectura de onde saíram os principais mestres construtores portugueses.

Em 1755, o terramoto provocou a queda da cúpula da Capela do Fundador e da Torre da Cegonha

Em 1811, sofreu ocupação pelas tropas francesas que mutilaram os túmulos e destruíram o Claustro de D. João III e provocaram um incêndio em parte das instalações conventuais.

Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.

Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.

Localização / Freguesia: Batalha (Batalha, Leiria)
Custodial history
Em 1912, a documentação, que se encontrava na Biblioteca Nacional, foi enviada pela Inspecção das Bibliotecas e Arquivos para a Torre do Tombo.

Em Outrubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas.
Acquisition information
Um manuscrito foi comprado no leilão Soares e Mendonça Lda a 25 de Março de 1976.
Scope and content
Contém tombos de bens, livros de prazos, de assentos dos respectivos recebimentos e gastos, cartas régias, cartas de aforamento, de emprazamento, de arrendamento, de doação, de compra, de venda, de escambo, de composição, traslados, sentenças, inquirições, autos e instrumentos de posse, relato de um milagre.

Fundos Eclesiásticos; Ordem dos Pregadores; Masculino
Arrangement
Ordenação numérica específica para cada tipo de unidade de instalação (livros e maços).
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.

ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - Ordem dos Pregadores - Mosteiro de Santa Maria da Vitória da Batalha: catálogo. [documento electrónico em linha]. Lisboa: ANTT, 2020. Acessível na Torre do Tombo, Instrumentos de descrição, L 778. Disponível no Sítio Web da Torre do Tombo em .

Índice (inventário) dos livros de diversos conventos, ordens militares e outras corporações religiosas guardadas no Arquivo da Torre do Tombo, conventos diversos, caderneta 2 (B-D) (C 269) f. 3-6. Descreve os liv. 1 a 4.

Índice do livro 4 "Vários pergaminhos da Varg[em] e Pinheiro" pertencente ao Convento da Batalha, próprios e comuns (L 287A).

Inventário dos cartórios recolhidos da Biblioteca Nacional, em 1912 (L 283) f. 22. Descreve os liv. 5 a 8 e os 2 mç.
Alternative form available
Existem cópias de consulta em microfilme.
Related material
Portugal, Arquivo Distrital de Leiria, Convento de São Domingos da Batalha,.

Portugal, Arquivo da Universidade de Coimbra.

Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, cx. 2198 , inv. n.º 45.
Publication notes
"Ordens religiosas em Portugal: das origens a Trento: guia histórico". Dir. Bernardo de Vasconcelos e Sousa. Lisboa: Livros Horizonte, 2005. ISBN 972-24-1433-X. p. 385-386.
Creation date
07/04/2011 00:00:00
Last modification
11/08/2023 09:42:57