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Registo dos instrumentos em pública forma de testamentos do primeiro conde de Sortelha, D. Luís da Silveira, e de seus ascendentes, de sentenças e de outros documentos relativos à capela e partilha de bens de Nuno Martins da Silveira, à quinta de Calhariz, à capela de Santa Justa e à quinta da Pipa, às herdades de Souseis e Enxarrama, à capela de Elvas, ao morgado de Góis, às capelas de Catarina Gil e de Santa Cruz do Castelo

Description level
Instalation unit Instalation unit
Reference code
PT/TT/CCSSG/L01
Title type
Formal
Date range
1570-08-02 Date is certain to 1577-11-05 Date is certain
Dimension and support
1 liv (222 f.); papel
Scope and content
Inclui o índice dos títulos copiados (18--), as tabuadas dos traslados dos testamentos e das sentenças organizadas por D. Diogo da Silveira, segundo conde de Sortelha, do Conselho de Estado e guarda-mor do rei. Os traslados em pública forma foram feitos a seu requerimento, temendo que se perdessem os originais, e apresentados por Marçal Faleiro, seu criado, que assinou também as públicas formas. Foi tabelião Vicente Lourenço.

- Traslados em pública, um com o traslado de uma sentença relativa aos bens da capela cantada, fundada por Constança Domingues na igreja de Santa Cruz da Alcáçova do Castelo, outro (a fólios 211, 211 verso) sobre a mesma capela de Constança Domingues, defunta, de que era administrador D. Diogo da Silveira, e apresentada pelo seu criado Damião de Morais. 1576-10-03; 1577-11-05.

- Traslado em pública forma do testamento do conde D. Luís da Silveira, feito pelo próprio em 12 de Março de 1529, com instrumento de aprovação datado de 22 de Março. Refere a capela e o túmulo [renascentista] mandados fazer na igreja de Nossa Senhora da Vila de Góis, o convento de Santa Maria das Virtudes, o castelo de Sortelha, a capela do morgado de Évora no mosteiro de São Domingos da mesma cidade, as jóias herdadas. Sobre a sepultura dispõe “(…) que se faça muito rica e bem obrada (…)“ de pedra d’Ançã , de forma que seja melhor que a do regedor Aires Gomes da Silva, no mosteiro de São Marcos. Refere a quinta de Currelos sobre a qual se fizeram partilhas: Henrique da Silveira e João da Silveira cederam os seus quinhões ao irmão D. Luís, recebendo, o primeiro, em troca uma quinta perto de Loures, chamada da Pipa. Refere as casas que tinha em Lisboa nas ruas de São Martinho e de São Jorge. Menciona também a quinta Graciosa do morgado de Évora, a ermida de Nossa Senhora da Assumpção em Góis, e Francisco Lopes Girão, seu amigo. 1570-08-02.

- Traslado em pública forma do testamento de Nuno Martins da Silveira, senhor de Góis, avô de D. Diogo da Silveira. Refere a igreja de Nossa Senhora de Góis para lugar da sua sepultura, com o hábito de São Francisco, onde jazia a sua mulher. Este testamento não foi acabado nem assinado.

- Traslado em pública forma do testamento de D. Filipa de Vilhena, avó de D. Diogo da Silveira. Refere a igreja de Nossa Senhora de Góis para lugar da sua sepultura. Góis, 1524-04-24.

- Traslado em pública forma de um instrumento público com inquirição de testemunhas relativo à última vontade de D. Beatriz de Noronha, mãe de D. Diogo da Silveira. Évora, 1535-05-30.

- Traslado em pública forma do testamento de D. Beatriz de Góis, bisavó de D. Diogo da Silveira (mãe de Diogo da Silveira e de Henrique da Silveira). Refere o mosteiro de Santa Maria de Jesus de Xabregas para lugar da sua sepultura, na capela do filho, Henrique da Silveira, com o hábito de São Francisco a cuja irmandade pertencia. Menciona Isabel da Mota, e Clara da Mota, suas sobrinhas, a quem deixa vários bens. Cédula de testamento feita e aprovada em 1 de Março de 1518, fechada com sete selos de cera vermelha e cosida com linha branca. Foi aberto em 26 de Abril de 1521.

- Traslado em pública forma do testamento de D. João da Silveira, prior do mosteiro de Roncesvales, tio de D. Diogo da Silveira. Escrito em castelhano. Pamplona, 1572-08-12.

- Traslado em pública forma, apresentado por Rui Faleiro, de um traslado em pública forma do testamento de Vasco Peres Farinha instituindo o morgado de Góis (designado como compromisso de morgado) que estava em posse de D. Mécia Vasques, senhora de Góis, feito a requerimento de Fernão Gomes de Góis, seu filho, para salvaguarda do direito à herança do morgado e senhorio de Góis. Feito pelo tabelião Pedr’Aires, e assinado por mais quatro tabeliães, em Lisboa, 1290 [E.1328]-06-05. No referido compromisso, Vasco Pires Farinha nomeou Gonçalo Vasques e o filho legítimo mais velho deste, herdeiros de todos os seus bens móveis e de raiz, situados em Góis e seu termo, incluindo os bens herdados do pai, os bens já comprados ou que viesse a comprar. Gonçalo Vasques, foi o filho que teve de Marinha Pires, abadessa no mosteiro de Ferreira [de Aves?]. No caso de não haver herdeiro mais velho legítimo sucederia na posse dos bens, a filha mais velha legítima, o neto ou a neta mais velhos legítimos, ou o filho Álvaro Vasques e seus descendentes legítimos (filho de Marinha Peres), ou Maria Vasques, e seus descendentes legítimos (filha de Marinha Peres), ou Alda Vasques, sua filha, ou Estevão Vasques, ou Gonçalo Vasques, ou Estevão Martins Sardinha, Martim Martins Sardinha, Estevão Vinagre, Rui Preto, seus sobrinhos. Do documento fizeram-se três exemplares: um destinado ao Senhor de Góis, outro ao tesouro da Sé de Coimbra, outro ao tesouro de Santa Cruz de Coimbra. Évora, 1444-02-11. Tem outro traslado em pública forma de 9 de Outubro de 1572, registado a fólios 192 a 204 verso.

- Traslado em pública forma do testamento de D. Leonor da Cunha, mãe de D. Beatriz casada com Diogo da Silveira, e trisavó de D. Diogo da Silveira. Indica a igreja de Oliveira para lugar da sua sepultura, mandando que “(…) corregam um arco na parede da igreja, diante do altar de Santa Maria (…)”. Estabelece que aquele que herdar a quinta de Currelos, mantenha a capela que mandou cantar Fernão Gomes e que a mande cantar pela sua alma e por aqueles que a ganharam. Góis, 1460-02-14.

- Traslado em pública forma do compromisso, escrito em pergaminho, de uma capela cantada que Nuno Martins da Silveira, escrivão da puridade do infante D. Duarte, e Leonor Gonçalves de Abreu, sua mulher, instituíram e mandaram fazer no mosteiro de São Domingos de Évora. Foi trisavô de D. Diogo da Silveira. Dotaram a capela com a herdade da Fonte Boa, com bens na vila do Redondo e seu termo, que pertenciam a Leonor Gonçalves da Silveira, tia de Nuno Martins da Silveira, com metades das herdades das Meadas, da Anta, que foi de Gonçalo da Silveira, o Pobre, com a herdade dita do Imperador, não podendo ser alheadas. Nomearam a seu filho mais velho, Gonçalo da Silveira por administrador. Feito nas casas de Nuno Martins da Silveira, em 1431-08-10. Tem outro traslado em pública forma de 27 de Setembro de 1570, registado a fólios 126 a 131 verso.

- Traslado em pública forma de um traslado em pública forma do testamento de D. Diogo da Silveira (Lisboa, 1463-10-29), do conselho régio, e escrivão da puridade do rei, apresentado pelo filho, Nuno Martins da Silveira, fidalgo da casa real, do conselho régio, veador das obras do reino. D. Diogo da Silveira, foi irmão de Fernão da Silveira e de Vasco Martins da Cunha, foi casado com D. Beatriz (da Cunha ou) de Góis, e foi bisavô de D. Diogo da Silveira. Indica a capela do Salvador, instituída pelos pais no mosteiro de São Domingos de Évora, para lugar da sua sepultura, se o seu corpo pudesse ser trazido para o reino. Menciona a herdade dos Delgados e a quinta Graciosa deixando-as anexas à capela e morgado, após a morte de sua mulher. Foi testemunha, Gonçalo Faleiro, escudeiro de Nuno Martins da Silveira. Inclui rectificação da viúva. Évora, casas de Nuno Martins da Silveira, 1482-03-14.

- Traslado em pública forma da carta testemunhável de D. Afonso IV com o testamento de Fernão Gomes de Lemos (Góis, 1448-09-04), senhor de Góis, feito temendo partir para servir o rei na armada que então se preparava. Desta carta foram feitos dois exemplares, um para D. Leonor da Cunha e outro para Fernão da Silveira, irmão de Diogo da Silveira e coudel mor, a cujo requerimento foram passadas as cartas. Foi casado com D. Leonor da Cunha, e foi trisavô de D. Diogo da Silveira. Foram seus testamenteiros Diogo da Silveira e D. Beatriz de Góis. Indica a igreja de São Pedro para lugar da sua sepultura, “(…) onde está o meu monumento (…)”. Inclui a aprovação e o termo de abertura. Tentúgal, 1450-10-04.

- Traslado em pública forma de cédula e testamento de Leonor Gonçalves da Silveira (1439-02-21), dona viúva de Gonçal’ Eanes, tia de Nuno Martins da Silveira, escrivão da puridade do rei, e passado a seu requerimento. Foi trisavó de D. Diogo da Silveira. Indica a sé de Évora para lugar da sua sepultura, junto da mãe. Faz doação de vários bens de raiz que pertenciam ao marido, a Nuno Martins da Silveira, bem como das escrituras da capela de Elvas que lhe pertencem, e de outros bens a sua sobrinha, Inês da Silveira, mulher de Fernando Afonso de Carvalho. Inclui o termo de abertura. Évora, 1441-08-03.

- Traslado em pública forma do testamento de Nuno Martins da Silveira, rico homem, do conselho e escrivão da puridade do rei D. Duarte, coudel mor do reino, vedor mor das obras nas comarcas da Estremadura, de Entre Tejo e Odiana (Alentejo) e do Algarve (Évora, paços de Nuno Martins da Silveira e de sua mulher, feitos sobre o castelo, 1453-08-17). Casou com Leonor Gonçalves de Abreu, rica dona. Foi pai de Diogo da Silveira e de Fernão da Silveira, de D. Guiomar de Abreu, de D. Leonor da Silveira, D. Mécia. Foi trisavô de D. Diogo da Silveira. Indica a capela do Salvador que instituiu no mosteiro de São Domingos de Évora para lugar da sua sepultura. Refere os prazos que trazia de alguns mosteiros. Menciona a quinta de Azeitão e Constança Anes de Palhavã. Acrescenta casas, a devesa da Silveira, no termo de Redondo e outros bens ao seu morgado. Inclui o instrumento de partilha de bens entre a viúva e seus filhos (Lisboa, casas de D. Leonor, 1454-08-17).

- Traslado em pública forma do testamento, compromisso e procuração de Maria Soares, criada de D. Diogo da Silveira. Góis, 1567-11-24.

- Traslado em pública forma da escritura de convenção e partilha de bens que ficaram de Nuno Martins da Silveira, trisavô de D. Diogo da Silveira. Lisboa, 1454-08-17.

- Sentenças e instrumento de posse relativos à devesa de Terena. Lisboa, 1575-03-16 a 18.

- Traslado em pública forma da Bula sobre a capela e quinta de Calhariz, instituída por João Esteves da Rica Solteira e Constança Anes na igreja de Santa Justa em Lisboa, dada em Roma, a 26 de Fevereiro de 1562. Lisboa, 1570-08-11.

- Traslado em pública forma da sentença sobre a capela e quinta de Calhariz, dada pelo mestre-escola de Coimbra, na qualidade de juiz apostólico.

- Traslado em pública forma de sentenças sobre a quinta da Pipa contra António da Silveira. Lisboa, 1570-09-27 e 1570-08-11.

- Traslados em pública forma de uma doação de D. Duarte a D. Nuno da Silveira, trisavô de D. Diogo da Silveira, da confirmação de uma sentença relativa às herdades dos Souséis, termo de Viana [do Alentejo] e de Enxarrama e de outra, outra sentença do bispo de Évora sobre a mesma devesa. 1570-08-17.

- Traslados em pública forma de sentenças e dos instrumentos da posse da capela de Elvas e da fazenda da capela, tomada por D. Nuno da Silveira, trisavô de D. Diogo da Silveira. Lisboa, 1571-01-13; 1571-02-26.

- Traslado em pública forma das sentenças, uma declarando o que pertencia ao morgado de Catarina GiI de Aguiar e outra sobre as herdades de Évora, de Catarina Gil e de Nuno Fernandes de Chaves. 1574-06-25.

- Traslados em pública forma da sentença sobre a capela de Constança Domingues, defunta, situada na igreja de Santa Cruz de que era administrador D. Diogo da Silveira, apresentada por Damião de Morais, criado de D. Diogo da Silveira. 1577-11-05.

Inclui apontamentos genealógicos nos fólios 212 e 213.

Iniciais ornadas. A maioria das páginas com dupla cercadura à pena.

Encadernação inteira de carneira com decoração a seco nos planos e lombada, seguramente não contemporânea.

Physical location
Casa dos Condes de Sortelha e Senhores de Góis, liv. 1.
Language of the material
Português. Grande parte em letra redonda humanística de uma só mão.
Type of container
Outro
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Relação antecessora:

Testamento de Vasco Peres Farinha instituindo o morgado de Góis, cópia em formato digital relativa ao documento Viscondes de Vila Nova de Cerveira, cx. 16, n.º 25, PT-TT-VNC-D-1625.

Carta de Sentença sobre um feito de apelação relativo a uma capela instituída na Igreja de Santa Justa de Lisboa e um hospital, em que foram autores Fernão Gomes de Góis e Leonor da Cunha sua mulher, e Beatriz Teixeira, ré, Dona Viúva do Dr. Luís Martins, Arquivo Casa de Abrantes, cx. 90, n.º 194.
Notes
Nota ao elemento de informação Título: título da lombada: “Livro de testamentos”.
Creation date
16/03/2011 00:00:00
Last modification
01/10/2015 09:17:48