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Armando da Gama Ochôa, Legação de Portugal em França

Description level
File File
Reference code
PT/TT/AOS/B/0010/00003
Title type
Formal
Date range
1939 Date is uncertain to 1941 Date is uncertain
Dimension and support
1 pt., 82 f. (118-196, 180A, 181A, 184A); papel
Scope and content
Contém a carta da Rainha D. Amélia para Armando da Gama Ochôa, Ministro Plenipotenciário de Portugal, a informar que legou por testamento "ao nosso País, o meu querido Portugal, o meu retrato a óleo, do pintor Corcos, e o colar do Tosão de Ouro, jóia pessoal que pertenceu a El-Rei D. Carlos I, e a El-Rei D. Manuel II, meus muito queridos Marido e Filho, decidi fazer desde já a entrega desse dom (...)", "Quis dar à Nação Portuguesa, que tanto amo, e de quem tive a honra de ser Rainha, esse testemunho da minha grande ternura, e da minha constante saudade, desejando que os Portugueses me recordem sempre, com o mesmo afeto que eu lhes dedico", Versailles, 19 de junho de 1939 (f. 124).

Integra cartas de Maria dos Prazeres de Bettencourt Ochôa, viúva de Armando da Gama Ochoa, a requerer passaporte e a solicitar a recuperação dos bens pessoais que levou para a Legação de Portugal em Paris, nomeadamente, faqueiro de prata, bules, candelabros, louças (um serviço inglês para 36 pessoas "Davenport"), uma arca em pau preto, peles de seu uso (castor, Lince, e de leopardo, que foi morto pelo seu primo António Brandão de Melo, casado com Isabel de Sousa Holstein, cunhada de Ayres de Ornelas), entre outros.
Access restrictions
Documentação pública nos termos do ponto 1, do artigo 1º, do Decreto-Lei nº 33, de 31 de Janeiro de 1985, o Arquivo de Salazar foi declarado, na universalidade dos bens móveis que o integram, coisa dominial única, constituindo propriedade do Estado.

O Decreto-Lei nº 77, de 18 de Abril de 1981, estabeleceu que a consulta pública do Arquivo de Salazar só devia ser permitida após a realização de trabalhos que garantissem o tratamento e a sua total preservação e nunca antes de decorridos 25 anos sobre a morte do seu antigo titular.

No entanto, o Decreto-Lei nº 33, de 31 de Janeiro de 1985, ao assumir que a referida proibição de consulta pública, estipulada pelo Decreto-Lei nº 77 de 1981, radicava unicamente na necessidade de salvaguardar o tratamento e conservação dos documentos, determinou que a Comissão do Livro Negro sobre o Regime Fascista, que havia sido criada pelo Decreto-Lei nº 110, de 26 de Maio de 1978, acedesse livremente a todos os documentos constantes do Arquivo Salazar, através dos seus membros ou de pessoal devidamente credenciado pela mesma entidade. Ainda segundo o Decreto-Lei nº 33 de 1985, a referida Comissão podia reproduzir no Livro Negro do Fascismo em Portugal quaisquer documentos que constassem do Arquivo de Salazar, desde que não ficasse prejudicada a preservação dos documentos.

Ao consignar a transferência do Arquivo de Salazar para a Torre do Tombo, o Decreto-Lei nº 279, de 9 de Agosto de 1991, preconizou um regime de acessibilidade semelhante ao já estipulado no Decreto-Lei nº 77, de 18 de Abril de 1981. Porém, o artº 3º, do Decreto-Lei nº 279 de 1991, previu o acesso ao Arquivo, a título excepcional, antes de decorrido o prazo de 25 anos sobre a morte de Salazar, mediante a apresentação de requerimento pelo interessado, em que demonstrasse motivo relevante para a consulta. O requerimento devia ser autorizado pelo membro do Governo responsável pela área da Cultura, após parecer do director da Torre do Tombo ou do director da Biblioteca Nacional, enquanto o bem arquivístico se encontrasse nesta instituição.

A partir de 1993, o acesso ao Arquivo de Salazar passou a reger-se pelo disposto no artigo 47º, do Decreto-Lei nº 16, de 23 de Janeiro de 1993, tendo sido considerado que, em matéria de comunicabilidade de bens arquivísticos, este Decreto-Lei não prejudicava o estabelecido no artigo 3º, do Decreto-Lei nº 279, de 9 de Agosto de 1991.

A partir de 27 de Julho de 1995, cumprido o prazo de vinte e cinco anos sobre a morte de Salazar, a restrição para o acesso que a lei impunha, o Arquivo ficou aberto à consulta pública.
Physical location
Arquivo Oliveira Salazar, cx. 41, pt. 3
Previous location
AOS/CD-10
Language of the material
Português, francês
Notes
Nota ao elemento de informação "título": O título AOS/CD-10 foi substituído pelo atual.
Creation date
22/04/2016 16:25:14
Last modification
22/03/2024 16:33:21