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Autos de inquirição de testemunhas sobre os papéis da Casa de Abrantes que arderam por ocasião do terramoto de 1755

Description level
File File
Reference code
PT/TT/CABT/0095/00159
Date range
1838-06-15 Date is certain to 1849-09-21 Date is certain
Descriptive dates
Lisboa
Dimension and support
1 doc. (f. 310 a 314); papel
Custodial history
Documento descrito no século XX em capilha de trinta e cinco linhas, com resumo a tinta preta. A segunda parte do Arquivo da Casa de Abrantes vendida pelo Marquês do mesmo nome ao Professor Doutor António Augusto Gonçalves Rodrigues, e por este proposto para venda ao Estado Português, teve um processo de aquisição iniciado em 1981, com a decisão do seu inventário, o que aconteceu por Despacho do Secretário de Estado da Cultura, datado de 11 de março de 1982, nos termos dos artigos 1.º e 2.º do Decreto-Lei n.º 38 906, de 10 de setembro de 1952. Foi realizado pelas licenciadas Maria Teresa Cardoso do I.P.P.C. e Maria José Leal do ANTT, descreveu 833 documentos, dos quais 212 eram pergaminhos, estava concluído em 10 de setembro de 1982, e destinado a ser publicado em Diário da República. [...] Faltas - Foram encontradas várias capilhas com sumários de documentos não contidos nas mesmas. As caixas não têm uma sequência rigorosa havendo falhas na ordem alfabética e na ordem numérica [...] Livros A, D, M, O, P, T." . Apresenta mecha verde com o número 159. Em 1995, foi registada a 24 de fevereiro, pelo ANTT, a aquisição de 28 livros e de 27 dossiês ao Professor Gonçalves Rodrigues.

Em 2018, no âmbito do tratamento arquivístico realizado, para melhor controlo da dimensão, as caixas receberam um número sequencial ao das caixas do fundo Casa de Abrantes. Os documentos foram cotados com o número que traziam escrito em mecha, atribuído pelas citadas licenciadas e que corresponde à entrada do catálogo que ambas realizaram.
Scope and content
Certidão de Autos findos de justificação que fez D. Madalena de Lencastre Barreto de Sá Almeida e Meneses, citado o Desembargador Procurador da Fazenda Real conforme Provisão do Tribunal do Conselho da Fazenda, para juntar a um requerimento que pendia neste Tribunal, acerca de umas propriedades pertencentes ao Morgado que a dita senhora administrava, querendo justificar em juízo competente "[...] que todos os papéis da Casa de Abrantes se queimaram no incêndio sucessivo ao terramoto do primeiro de novembro de 1755 [...]", "[...] que o Marquês de Abrantes D. Joaquim Francisco de Sá Almeida e Meneses, assistia num quarto da Torre chamada da Casa da Índia, por baixo do Paço, e que na parte inferior do dito quarto tinha a sua Secretaria na qual conservava os papéis, livros e títulos dos bens patrimoniais da sua Casa e de Morgados antigos que possuía, e em que havia servido, digo, e em que havia sucedido por morte do [...] Marquês seu Pai, D. Rodrigo Anes de Sá Almeida Meneses, assim nesta Cidade e seu distrito, como nos distritos da vila d' Abrantes, Santarém e em outras partes". Foi inquiridor Joaquim Pinto e testemunhas inquiridas Filipe José Pinheiro da Câmara, criado grave da Marquesa Justificante, Bento da Silva com celeiro de trigo, que assistia o Marquês, Domingos Francisco da Costa, criado da Casa durante mais de quarenta anos - "[...] que o quarto da Casa da Índia onde assistia o Marquês [...] se queimou inteiramente com todos os bens que nele havia pelo incêndio sucessivo ao terramoto, menos a prata que ele testemunha conduziu, e algum dinheiro, e camafeus, e jóias que tudo salvou, e todos os papéis que se achavam na Secretaria nela se não queimaram, mas sim para a parte para onde os ditos papéis se conduziram para a ponte da Casa da Índia junto ao mar nas suas próprias gavetas com seus números, aí é que se queimaram alguns por se comunicar o fogo da Casa das Obras, e também se queimaram alguns que estavam em uma guarda roupa de Sua Excelência [...]" -, Miguel Ribeiro da Fonseca, criado da Duquesa de Abrantes, seu estribeiro - "[...] que presenciou o queimar-se inteiramente o quarto onde assistia o Marquês com todos os seus bens, e que a maior parte dos papéis da Secretaria se queimaram, e alguns que se puderam tirar ainda desses se desencaminharam muita parte deles pois não apareceram os títulos pertencentes ao Morgado em que o mesmo Marquês tinha sucedido por morte de seu Pai [...] que eram os desta Cidade e seu distrito, e do da vila d' Abrantes, e mais partes [...]". No fim, encontra-se um termo de juntada de procuração de 17 de outubro de 1849.
Physical location
Casa de Abrantes, cx. 95, doc. 159
Original numbering
N.º 22
Language of the material
Português
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.
Creation date
02/10/2018 10:47:51
Last modification
03/01/2019 15:55:27