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Processo de arrolamento dos bens da firma O. Herold & Companhia

Description level
File File
Reference code
PT/TT/MF-GM/IBI-SEC/001/00013
Title type
Atribuído
Date range
1916-04-22 Date is certain to 1927-10-15 Date is certain
Dimension and support
1 proc. (4mç.; 943 f.); papel
Scope and content
Processo de arrolamento e liquidação dos bens da firma O. Herold & Companhia, pertencente a Jorge Jerosh Herold, assim como dos seus bens pessoais

e dos seus familiares.

Aquela empresa era composta por várias fábricas de cortiça e corticite, assim como escritórios e postos de revenda, armazéns e equipamentos vários. Dos produtos arrolados, constavam igualmente cimento, desperdícios de algodão e nitrato de sódio.

Além destes, foram inventariados todo o mobiliário e objetos de decoração, retratos e recordações existentes na casa de família no Monte Estoril, chamada Vista Longa e na casa da rua da Arriaga, n.º 17 em Lisboa, contas bancárias em Portugal e no estrangeiro, mobiliário e equipamento do escritório de Lisboa e da filial do Porto, ações de várias empresas nacionais, automóveis, embarcações, montados, animais.

Acresce ainda listagem de devedores à empresa de credores inimigos ou residentes em países inimigos, assim como credores existentes em países aliados.

O processo é constituído por quatro maços. Os dois primeiros referem-se ao arrolamento dos principais bens acima descritos e dados à administração do depositário-administrador de Lisboa, Joaquim Pessoa.

O terceiro contém as contas correntes do movimento de Caixa, durante a Administração do Estado, entre maio de 1916 e dezembro de 1918.

O quarto maço é constituído por várias capilhas, cada uma destinada ao arrolamento de bens existentes noutros concelhos e para os quais foram designados vários depositantes-administradores. São eles:

- João de Sena Cabral, concelho de Ourique da Comarca de Almodóvar, da cortiça oriunda da herdade da Favela;

- Diogo de Sousa Peniche, do concelho de Alcácer do Sal, de uma casa de habitação com todo o seu recheio e de um automóvel pertencente Jorge António Othão Jerosh Herold, filho do súbdito inimigo acima mencionado;

- António Rocha, de Vendas Novas da Comarca de Montemor-o-Novo, de uma fábrica de cortiça, com todo o seu equipamento, matérias-primas e produto final;

- João de Sales Grade, do concelho de Beja, dos valores mobiliários e imobiliários das minas da Cova Redonda e Juliana;

- João Ciríaco Goínhas do concelho de Faro, de uma casa comercial e de todo o seu recheio, assim como de várias letras de contabilidade;

- José Maria Mendes de Abreu, do concelho de Coimbra, de uma quantia de dinheiro de que a firma era credora;

- José Albino da Silveira Moreno e Gabriel Vitor Bugalho Pinto, diretores do Banco Eborense, na cidade de Évora, de uma quantia de dinheiro ali depositada;

- Augusto Bugalho Gomes, do concelho de Odemira, de uma fábrica de cortiça, equipamento, matérias-primas e armazéns de depósito;

- Albano Ferreira Cristina, do concelho da Pampilhosa, de uma sucursal da firma O. Herold & Companhia, com todos os seus valores mobiliários e imobiliários;

- Joaquim Pessoa, do concelho do Barreiro, da fábrica de rolhas de cortiça e de uma casa de habitação com todos os seus bens móveis e imóveis;

- Francisco Joaquim Raposo, do concelho de Santiago do Cacém, de uma fábrica em Sines;

- Manuel Pessoa Ferreira Fonseca, do concelho de Cantanhede, de vários créditos à firma O. Herold & Companhia;

- Acácio Cláudio Freire Soto Maior, do concelho das Caldas da Rainha, de uma quantia de dinheiro de que a firma era credora.

Finalmente, encontram-se o arrolamento e avaliação dos bens pertencentes a Carlos Jerosh Herold e um pedido de levantamento das somas depositadas na Caixa Geral de Depósitos, feito em 4 de Abril de 1921, por Jorge Herold Júnior e Hermann Burmester.

Nos fólios 77 a 86 encontra-se um requerimento dirigido ao Presidente da República pelos empregados de escritório, gerentes de fábricas e operários, seguido da assinatura dos mesmos, para ser aberta uma excepção ao cumprimento da Lei n.º 2350 de 20 abril de 1916 e assim evitar o despedimento de mais de 1000 pessoas.

Physical location
Ministério das Finanças, Arquivo das Secretarias de Estado, cx. 520, proc. 13
Language of the material
Português e inglês.
Creation date
27/01/2014 17:12:08
Last modification
31/08/2018 14:35:41