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Arquivo Nacional Torre do Tombo
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CNSCFV
Convento de Nossa Senhora da Consolação de Figueiró dos Vinhos
1502/1835
001
Tombos de propriedades
002
Tombos de rendas
1783
003
Documentos vários
1502/1835
Convento de Nossa Senhora da Consolação de Figueiró dos Vinhos
Description level
Fonds
Reference code
PT/TT/CNSCFV
Title type
Atribuído
Date range
1502
to
1835
Dimension and support
2 liv., 10 mç.; papel, perg.
Biography or history
O Convento de Nossa Senhora da Consolação de Figueiró dos Vinhos era feminino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província de Portugal da Observância.
Em, 1546 ou 1549, por breve pontifício de 26 de Setembro passou a casa de Terceiras Regulares. Anteriormente, já existia como recolhimento de Terceiras Regulares (mantelatas).
Foi fundado por iniciativa de D. Paulina Leitoa, familiar de D. Beatriz Leitoa que fundara o Convento dominicano de Jesus de Aveiro.
O cronista Fernando da Soledade atribui a fundação a quatro senhoras, entre elas Ana de Jesus, moradoras na vila e que se juntaram numas casas, no local chamado Fundo da Vila.
Até 1564, ficaram na obediência dos padres da Terceira Ordem.
Em 1591, constituiu-se como comunidade de clarissas da Segunda Ordem.
Rui Mendes de Vasconcelos, fidalgo de Figueiró dos Vinhos, doou-lhes uma torre, contígua à praça da vila, e fez nela as obras necessárias de modo a acolher a comunidade que entretanto crescera significativamente.
Em 1643, a 10 de Maio, na congregação realizada no Convento do Cartaxo, a Província de Portugal, decidiu dar o padroado a Ana de Vasconcelos de Meneses, mulher do conde da vila, D. Francisco de Vasconcelos e descendente do fundador Rui Mendes.
Até ao ano de 1606, usaram o orago de Nossa Senhora da Consolação, a partir daí mudaram-no para Nossa Senhora da Encarnação e posteriormente para Santa Clara.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.
Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.
Até 1835, existem referências documentais, desconhece-se, contudo, a data da sua extinção.
Localização / freguesia: Figueiró dos Vinhos (Figueiró dos Vinhos, Leiria)
Custodial history
Em 1866, a 26 de Março, em virtude das Portarias de 26 de Novembro de 1863 e de 24 de Agosto de 1864, foram transferidos do cartório da Direcção Geral dos Próprios Nacionais para o Arquivo da Torre do Tombo, os documentos descritos na relação assinada por António Manuel Garcia, 2.º oficial arquivista do Arquivo da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais, e por Roberto Augusto da Costa Campos, oficial diplomático da Torre do Tombo.
Em 1894, a restante documentação foi remetida pela Direcção-Geral dos Próprios Nacionais à Torre do Tombo.
A documentação foi sujeita a tratamento arquivístico, no final da década de 1990, empreendido por técnicos da Torre do Tombo e por investigadores externos. Em Outubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas. Desta intervenção resultou o facto de cada ordem religiosa passar a ser considerada como grupo de fundos, e simultaneamente como fundo, constituído a partir da documentação proveniente da casa-mãe ou provincial, alteração esta que provocou a alteração de cotas nos fundos intervencionados.
Foram constituídas séries documentais segundo o princípio da ordem original sempre que possível (com base em índices de cartórios quando existentes), correspondendo à tipologia formal dos actos, e que, na generalidade, é documentação que se apresenta em livro. A documentação que se encontra instalada em maços foi considerada como uma colecção ao nível da série, com a designação de 'Documentos vários', não tendo sido objecto de intervenção.
Este projecto deu origem à publicação da monografia designada 'Ordens monástico-conventuais: inventário', com a coordenação de José Mattoso e Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha.
Scope and content
Contém tombos de propriedades, de rendas, documentos de compras, vendas, escambos, prazos, obrigações de foro, traslados de títulos de morgadios e instrumentos de posse.
Fundos Eclesiásticos; Ordem dos Frades Menores - Província de Portugal; Feminino
Arrangement
Organização em séries documentais correspondendo à tipologia formal dos actos.
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.
INSTITUTO DOS ARQUIVOS NACIONAIS/TORRE DO TOMBO - "Ordens monástico-conventuais: inventário: Ordem de São Bento, Ordem do Carmo, Ordem dos Carmelitas Descalços, Ordem dos Frades Menores, Ordem da Conceição de Maria." Coord. José Mattoso, Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha. Lisboa: IAN/TT, 2002. XIX, 438 p. ISBN 972-8107-63-3. (L 615) p. 282-284.
Relação de documentos vindos da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais, em 14 de Maio de 1894 (organização topográfica: A-L) (C 278) f. 102-110.
Relação dos documentos pertencentes ao extinto Convento de Nossa Senhora da Consolação de Figueiró dos Vinhos que, em virtude das Portarias de 26 de Novembro de 1863 e de 24 de Agosto de 1864, foram transferidos do cartório da Direcção Geral dos Próprios Nacionais para o Arquivo da Torre do Tombo, em 26 de Março de 1866 (C 317).
Publication notes
"Ordens religiosas em Portugal: das origens a Trento: guia histórico". Dir. Bernardo de Vasconcelos e Sousa. Lisboa: Livros Horizonte, 2005. ISBN 972-24-1433-X. p. 304
Creation date
05/04/2011 00:00:00
Last modification
11/08/2023 09:47:02
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