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Arquivo Nacional Torre do Tombo
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CNSCG
Convento de Nossa Senhora do Couto de Gouveia
1758/1832
001
Patentes
1781/1832
002
Receita e despesa
1758/1762
Convento de Nossa Senhora do Couto de Gouveia
Description level
Fonds
Reference code
PT/TT/CNSCG
Title type
Atribuído
Date range
1758
to
1832
Dimension and support
3 liv.; papel
Biography or history
O Convento de Nossa Senhora do Couto de Gouveia era feminino, e pertencia à Ordem dos Frades Menores, da Província de Portugal da Observância.
Em 1551, foi fundado, no termo da vila de Gouveia, nas imediações de Melo.
Em 1539, a 1 de Outubro, o núncio apostólico concedeu licença para a sua construção, tendo esta iniciativa partido de Maria Borges, uma jovem de Lisboa.
A casa foi construída em terrenos, onde já existia uma ermida de beatas recolhidas, que pertenciam aos senhores de Melo, na altura D. Isabel Teixeira, viúva de Estêvão Soares de Melo e Francisco Soares de Melo, seu filho.
Obtida a licença, o convento foi fundado na Ordem de São Domingos e a ela submetido, ficando o governo da casa destinado a uma religiosa dominicana, D. Violante de Sousa, freira do Convento de São Domingos das Donas de Santarém.
No Convento recolheu-se também Maria Borges, que fez doação dos bens a D. Violante, com a condição desta a deixar professar aí e, após a morte da primeira, suceder-lhe como prelada perpétua da comunidade.
As obras foram demoradas e, em 1551, o convento ainda não estava concluído. As mulheres que nele habitavam viviam como beatas recolhidas, sem terem feito profissão em qualquer ordem. D. Violante chamou então, para a sua companhia, D. Isabel Pereira, religiosa professa da Terceira Ordem franciscana do Convento de Nossa Senhora da Ribeira de Sernancelhe, que por morte de D. Violante, tendo também já falecido Maria Borges, ficou como abadessa da comunidade.
Em 1551, a 11 de Agosto, o papa Júlio III concedeu-lhes a incorporação na Ordem Terceira Regular dos franciscanos.
Através da bula de 2 de Maio de 1561, refere-se a passagem da comunidade da obediência dos terceiros à dos claustrais, mas não a data exacta.
Em 1568, as religiosas aderiram à observância.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.
Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.
Em 1860, devido ao mau estado de conservação do edifício, a comunidade passou a residir no Convento da Madre de Deus de Vinhó, levando consigo todos os bens, entre os quais o cartório do convento. Aí permaneceu até à data da extinção.
Localização / freguesia: Melo (Gouveia, Guarda)
Custodial history
Em 1912, os livros, que se encontravam na Biblioteca Nacional, foram enviados pela Inspecção Geral das Bibliotecas e Arquivos Públicos para a Torre do Tombo.
Em 1990, sob orientação da Dr.ª Maria José Mexia Bigote Chorão, alguns documentos deste fundo foram nele integrados, depois de ter sido identificada a sua proveniência, e retirados da colecção Documentação de conventos por identificar, cx. 12, conforme apontamento existente na caixa.
A documentação foi sujeita a tratamento arquivístico, no final da década de 1990, empreendido por técnicos da Torre do Tombo e por investigadores externos. Em Outubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas. Desta intervenção resultou o facto de cada ordem religiosa passar a ser considerada como grupo de fundos, e simultaneamente como fundo, constituído a partir da documentação proveniente da casa-mãe ou provincial, alteração esta que provocou a alteração de cotas nos fundos intervencionados.
Foram constituídas séries documentais segundo o princípio da ordem original sempre que possível (com base em índices de cartórios quando existentes), correspondendo à tipologia formal dos actos, e que, na generalidade, é documentação que se apresenta em livro. A documentação que se encontra instalada em maços foi considerada como uma colecção ao nível da série, com a designação de 'Documentos vários', não tendo sido objecto de intervenção.
Este projecto deu origem à publicação da monografia designada 'Ordens monástico-conventuais: inventário', com a coordenação de José Mattoso e Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha.
Scope and content
Contém registo de patentes, de receita e despesa.
Fundos Eclesiásticos; Ordem dos Frades Menores - Província de Portugal; Feminino
Arrangement
Organização em séries documentais correspondendo à tipologia formal dos actos.
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.
INSTITUTO DOS ARQUIVOS NACIONAIS/TORRE DO TOMBO - "Ordens monástico-conventuais: inventário: Ordem de São Bento, Ordem do Carmo, Ordem dos Carmelitas Descalços, Ordem dos Frades Menores, Ordem da Conceição de Maria." Coord. José Mattoso, Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha. Lisboa: IAN/TT, 2002. XIX, 438 p. ISBN 972-8107-63-3. (L 615) p. 284-285.
Inventário dos cartórios recolhidos da Biblioteca Nacional, em 1912 (L 283) f. 62.
Publication notes
"Ordens religiosas em Portugal: das origens a Trento: guia histórico". Dir. Bernardo de Vasconcelos e Sousa. Lisboa: Livros Horizonte, 2005. ISBN 972-24-1433-X. p. 304-305
Creation date
05/04/2011 00:00:00
Last modification
11/08/2023 09:47:02
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