Mosteiro de Nossa Senhora da Graça de Abrantes

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/TT/MNSGA
Title type
Atribuído
Date range
1541 Date is certain to 1808 Date is certain
Dimension and support
1 mç.; papel
Biography or history
O Mosteiro de Nossa Senhora da Graça de Abrantes era feminino, e pertencia à Ordem dos Pregadores (Dominicanos).

No século XIV este mosteiro já existia, fundado por iniciativa de D. Frei Vasco de Lamego, bispo da Guarda, como casa de freiras de Cónegos Regulares de Santo Agostinho, sob a invocação de Nossa Senhora da Consolação e na dependência do ordinário do lugar.

Fortemente atingido pela peste durante o reinado de D. Duarte, o mosteiro ficou despovoado e foi entregue, pelo bispo, a algumas mulheres nobres, que deveriam exercer funções como comendatárias.

Cerca de 1522, terminado o governo das senhoras seculares, D. Beatriz de São Paulo restaurou a vida religiosa no convento, manteve a comunidade nos Cónegos Regulares de Santo Agostinho e obteve a isenção da jurisdição do bispo da Guarda, passando à obediência do arcebispo de Lisboa, em 1529.

No priorado seguinte, Isabel de São Francisco, admiradora do modo de vida das casas observantes das outras ordens, obteve um breve da Santa Sé e um alvará que permitiu a passagem para uma das ordens já reformadas.

Em 1541, em Novembro, obteve a aceitação da sua comunidade, junto do provincial Frei Jerónimo de Padilha, como casa da Ordem dos Pregadores. Com a união do convento aos dominicanos e para evitar a homonímia com o convento de frades pregadores de Nossa Senhora da Consolação, na mesma vila, a invocação da casa feminina passou a Nossa Senhora da Graça.

Em 1548, a comunidade mudou-se para novas instalações, mais próximas do centro da vila.

Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.

Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.

Em 1891, o mosteiro foi encerrado por falecimento da última irmã prioresa Maria Angélica Godinho.

Localização / Freguesia: São João (Abrantes, Santarém)

Custodial history
Em 1892, a 12 de Outubro, em virtude do ofício da Inspecção Geral das Bibliotecas e Arquivos, dois documentos do Convento de Nossa Senhora da Graça de Abrantes foram enviados para a Torre do Tombo.

Em Outrubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas.
Scope and content
Contém uma carta de esmola da rainha D. Catarina para as obras do mosteiro e uma lista intitulada "Peso da prata da Igreja das Religiosas da Vila de Abrantes".

Fundos Eclesiásticos; Ordem dos Pregadores; Feminino
Arrangement
Ordenação numérica dos documentos.
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.

ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - Ordem dos Pregadores - Mosteiro de Nossa Senhora da Graça de Abrantes: catálogo. [documento electrónico em linha]. Lisboa: ANTT, 2020. Acessível na Torre do Tombo, Instrumentos de descrição, L 759. Disponível no Sítio Web da Torre do Tombo em .

Catálogo de dois documentos do Convento de Nossa Senhora da Graça de Abrantes que, em virtude do ofício da Inspecção Geral das Bibliotecas e Arquivos de 12 de Outubro de 1892, foram enviados para a Torre do Tombo (C 286). As datas apresentadas estão incorrectas.
Related material
Portugal, Arquivo Distrital de Santarém.

Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, cx. 2040.
Publication notes
"Ordens religiosas em Portugal: das origens a Trento: guia histórico". Dir. Bernardo de Vasconcelos e Sousa. Lisboa: Livros Horizonte, 2005. ISBN 972-24-1433-X. p. 402-403.
Creation date
06/04/2011 00:00:00
Last modification
11/08/2023 09:42:53