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"Carta crítica sobre as obras de Mafra"

Description level
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Reference code
PT/TT/MSLIV/2056/00026
Title type
Formal
Date range
1717 Date is certain to 1750 Date is certain
Dimension and support
2 f., (300 mm); papel
Scope and content
Crítica às obras do Convento de Mafra. Iniciadas no ano de 1717, empregaram 52.000 trabalhadores. Entre outras considerações, o texto comenta as condições em que os trabalhadores subsistiam e a forma como, alegadamente, foram financiadas as obras: "Testemunho da acção e da violência não somente somos nós, que com os nossos olhos vimos a tantos homens arrastados pelas estradas e pelas ruas com cordas e cadeias e conduzidos de beleguins [=esbirros], como delinquentes injustiçados; mas também o soltar as mesmas pedras a quanto feriam os gemidos e lamentos dos seus corações aflitos...Foi errado também o meio de se fabricar tão sumptuoso edifício à custa das fazendas alheias..".

Desde o lançamento da primeira pedra, em 1717, à cerimónia de Sagração da Basílica, em 1730, o projecto, sob a direcção do arquitecto João Frederico Ludovice, sofreria inúmeras alterações, e de um convento para 13 frades passar-se-ia a um palácio-mosteiro para 300. Durante os 13 anos que duraram as obras, operários, mestres, médicos, frades, boticários e animais vieram de todo o País, alojando-se na denominada "Ilha de Madeira" . Em 1730, a Real Obra de Mafra empregava tanta gente que se tornava difícil em qualquer outro lugar do Reino encontrar um "carpinteiro ou um balde de cal".
Physical location
Manuscritos da Livraria, n.º 2056 (26), f. 148 - f. 150
Notes
Nota ao título: título retirado do índice, no final do texto.

Nota a data extrema mais recuada: as obras do Convento de Mafra iniciaram-se em 1717.

Creation date
17/11/2009 00:00:00
Last modification
20/07/2022 13:05:50