Documentos relativos a D. João de Almeida, 2.º Conde de Assumar

Description level
Series Series
Reference code
PT/TT/CFTR-ALM/007
Dimension and support
49 doc.; papel
Biography or history
Segundo Ana Leal de Faria, D. João de Almeida, 2.º Conde de Assumar, nasceu a 26 de janeiro de 1663. Era filho de D. Pedro de Almeida Portugal, 1.º Conde de Assumar e de D. Margarida André de Noronha, filha dos primeiros Condes da Torre. Casou com sua prima, D. Isabel de Castro, filha dos primeiros Marqueses de Fronteira. Capitão de Mar e Guerra.

Os documentos mencionam que:

Foi emancipado aos dezoito anos, em setembro de 1680, a seu requerimento, para poder receber e administrar os seus bens.

Foi Vedor da Casa Real, começando a servir o cargo na Casa do Príncipe, em 20 de junho de 1681.

Recebeu o título de conde de Assumar em sua vida em 28 de janeiro de 1694.

Pertenceu ao Conselho do Rei desde 30 de agosto de 1694.

Do Relatório do seu desempenho durante 19 anos (de outubro de 1692 a 19 de Novembro de 1711) se tira: Entre outras funções públicas que desempenhou como Vedor, por ordem do rei D. Pedro II foi encarregado da hospedagem de vários embaixadores, das disposições do agasalho da rainha de Inglaterra D. Catarina e do rei Católico Carlos III que durou perto de ano e meio (9 de março de 1704 a julho de 1705).

Deputado da Junta dos Três Estados (de 4 abril de 1702 a julho de 1705, quando embarcou para Barcelona).

Nomeado capitão de cavalos de uma das quatro companhias criadas para a guarda do rei D. Pedro II (em 9 de Maio de 1704).

Encarregado pelo rei D. Pedro II de acompanhar Carlos III na jornada que fez às fronteiras do Reino (13 de maio de 1704), e nomeado em 14 de julho de 1705, Embaixador Extraordinário para o acompanhar na expedição que intentava fazer a Barcelona, onde esteve entre 1705 e 1712. Por falecimento do rei D. Pedro II, mediante carta credencial prosseguiu o seu cargo de embaixador extraordinário junto de Carlos III servindo-o em várias comissões como embaixador e como soldado. Esta função gerou correspondência de e para várias personalidades, um relatório do própio, consultáveis neste fundo.

Em 9 de junho de 1713: «Fim da embaixada do Ex.mo senhor conde de Assumar» (Casa Fronteira e Alorna, n.º 90, doc. 2)

Gentil homem da Câmara.

Mordomo Mor. Acerca desta função sabemos o que nos deixou escrito o seu neto, D. João de Almeida e Portugal, segundo marquês de Alorna (Casa Fronteira e Alorna, n.º 128, doc. 23) em carta dirigida à filha Leonor: «em nossa casa havia uma colecção de todos os regimentos da Casa Real em dois tomos de folha, que meu Avô [D. João de Almeida 2.º conde de Assumar] fez para poder satisfazer às obrigações de mordomo mor, de que foi encarregado pelo rei D. João V, desde o ano de 22, que foi o da fugida do marquês de Gouveia, até ao de 33 em que morreu.

Ele não era homem que se encarregasse do governo inteiro do Paço, sem saber o que havia de fazer. Era pessoa de muita exacção, e de muito método, como se vê pelas obras que se acham nos nossos manuscritos, e além de muitas luzes, era instruidíssimo em tudo o que pertence à ciência da Corte. [...]».

Entrou em 1721 na Academia Real de História.

Foi Governador de Minas Gerais.

Morreu em 26 de dezembro de 1733.

No testamento (Casa Fronteira e Alorna, N.º 100, doc. 7.12.2) D. João de Almeida declara ter sido casado com sua prima, a condessa de Assumar, D. Isabel de Castro, filha dos marqueses de Fronteira, de quem teve os seguintes filhos: Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida casado com D. Maria de Lencastre filha dos condes de Vila Nova; D. Diogo Fernandes de Almeida, deputado do Santo Ofício na Inquisição de Lisboa e tesoureiro mor na Sé de Leiria; D. Francisco de Almeida deputado do Santo Ofício na Inquisição de [Lisboa] e arcediago de [?] na Sé de Viseu; D. [António] de Almeida porcionista no Colégio de São Paulo na Universidade de Coimbra e arcediago de Valdigem na Sé de Lamego; D. José de Almeida «ainda pequeno»; D. Madalena Bruna de Castro, condessa dos Arcos casada com o conde D. Tomás de Noronha: Madre Margarida do Espírito Santo religiosa de Santa Teresa no convento de Nossa Senhora dos Cardais da cidade de Lisboa; Madre soror Luísa de São José, que no século se chamou D. Luísa do Pilar, que foi dama da rainha D. Maria Ana de Áustria, que se recolheu como religiosa no convento da Madre de Deus; Madre soror Maria do Espírito Santo, religiosa domínica no convento do Sacramento de Lisboa - o dote foi pago pela Condessa sua mãe que para isso tinha procuração quando D. João de Almeida estava na Catalunha. O mesmo aconteceu com o dote de suas irmãs.

D. Manuel de Almeida, cavaleiro da Ordem de São João de Jerusalém de Malta, D. Fernando, D. Francisco, D. António, D. Violante, «morreram meninos».

D. João de Almeida decide que em todos os Morgados mencionados no testamento lhe deve suceder o filho mais velho, o conde de Assumar D. Pedro de Almeida.
Arrangement
No inventário, a documentação de D. João de Almeida encontra-se descrita na Primeira Parte, ponto 7.
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.

Instrumentos de Descrição, Casa Fronteira e Alorna: I - Obras Manuscritas, p. 28; II - Inventário da Documentação da Família Almeida, L 505, p. 4.
Related material
Portugal, Biblioteca Nacional de Portugal, [Cartas de D. Luis da Cunha, escritas de Haia e Londres, para o Conde de Assumar, e algumas para Diogo de Mendonça Corte Real, sobre assuntos diplomáticos, acompanhadas de cópias de documentos sobre a política europeia da época] [Manuscrito]]. 1716-1718. [280] f. [Em linha]. [Consult. 30 Abr. 2024]. Link persistente deste registo: http://id.bnportugal.gov.pt/bib/rnod/226602

Portugal, Torre do Tombo, Casa Fronteira e Alorna, n.º 39.

Portugal, Torre do Tombo, Casa Fronteira e Alorna, n.º 59.
Notes
Sobre D. João Almeida Portugal veja-se a obra de FARIA, Ana Leal de - "Arquitectos da Paz: a Diplomacia Portuguesa de 1640 a 1815: com atlas, biografias e roteiro de fontes". 1.ª ed. Lisboa: Tribuna, 2008. p. 254.
Creation date
15/10/2019 15:59:10
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30/04/2024 10:42:43
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