Documentos relativos a D. João de Almeida Portugal

Description level
Series Series
Reference code
PT/TT/CFTR-ALM/016
Date range
1744-03-30 Date is certain to 1805-07-29 Date is certain
Dimension and support
7 ui. (118 doc.); papel
Biography or history
D. João de Almeida, 2.º Marquês de Alorna, 4.º Conde de Assumar. Nasceu em 1726. Casou com D. Leonor de Távora.

Recebeu:

A nomeação de conselheiro de Guerra, por Decreto de 9 de fevereiro de 1744.

Carta de privilégio de desembargador em 5 de março de 1744.

A Carta de mercê do título do Conselho de D. João V, em 30 de março de 1744.

A Carta de mercê do título de Conde de Assumar como filho primogénito de D. Pedro de Almeida Portugal, Marquês de Alorna, em 31 de março de 1744, e em certidão de 6 de novembro de 1761.

O encarte dos bens da Coroa após o falecimento do pai.

A nomeação para a Academia Real de História em 25 de janeiro de 1753.

Esteve preso em segredo durante 18 anos e meio (1759-1777).

Obteve as Cartas de mercê de várias comendas da Ordem de Cristo em 1777.

Escreveu a “Memória em como se encontram os bens da Casa devido principalmente a ter estado preso” [c. 1777].

Por Alvará da Rainha [D. Maria I], conseguiu, na qualidade de procurador da memória e fama póstuma de seus sogros e cunhados e pelo interesse que nela tinha sua mulher e seus filhos, a revista de graça especialíssima da Sentença proferida na Junta da Inconfidência de 12 de Janeiro de 1759, relativa ao crime de lesa majestade e alta traição cometido na noite de 3 de setembro de 1758.

Obteve certidões de mercês que tinha do seu avô e que este lhe deixou em testamento, dadas em 1795 e 1796.

Morreu em 1802.
Custodial history
Da Memória que escreveu cerca de 1777 (Casa Fronteira e Alorna, n.º 123, doc. 16.23) sobre a documentação da Casa, se tira a seguinte informação:

O desaparecimento da maior parte dos inventários e das avaliações pertencentes à testamentaria do pai, a perda de quase todos os seus papéis na Secretaria de Estado, e a sua renovação pelos registos. O cartório, assim como todas as restantes coisas pertencentes à sua Casa «experimentou as mesmas revoluções.»

De outro registo complementar (Casa Fronteira e Alorna, n.º 126, doc. 3) sabe-se que:

A documentação esteve em Chelas perto de seis anos, estando a sua mulher paralítica, com notícia de que se vinham buscar e pôr papéis, sem o seu conhecimento, e aí se achou uma vez uma ninhada de ratos que tinha causado já grande estrago.

Passou depois o cartório, para o poder do administrador, e em último lugar, para a mão de um seu procurador, que recebeu em seu nome e sonegou uma parte dos papéis, que não foi possível recuperar, senão dois anos depois da sua morte.

Em carta dirigida à filha Leonor (Casa Fronteira e Alorna, n.º 128, doc. 23) refere a existência na sua Casa, de uma colecção de todos os regimentos da Casa Real em dois tomos de folha, feitos pelo avô [D. João de Almeida, 2.º Conde de Assumar] para desempenhar cabalmente as funções de mordomo mor, de que foi encarregado pelo rei D. João V, desde o ano de [17]22, ano da fuga do marquês de Gouveia, até ao ano de sua morte em [17]33.

A verificação do furto da citada colecção ocorreu quando saíu do Forte da Junqueira. Apesar de, as diligências feitas junto do marquês de Angeja e do marquês de Ponte de Lima, e do interesse que ambos manifestaram na sua recuperação, porque nem na Torre do Tombo a tinham encontrado, nada foi feito.

Mandou comprar uma obra em vários tomos de oitavo, intitulada "Mapa de Portugal" por conter numerosos regimentos antigos ou extratos deles, que suspeitava ser da autoria de um beneficiado do Loreto.

Em 2022, no âmbito do tratamento arquivístico prosseguido no fundo Casa Fronteira e Alorna, foram identificados documentos não descritos no inventário: doc. 16.3A e 16.23A.

Os documentos relativos à entrada de D. João de Almeida Portugal na Academia da História e a oração proferida, bem como um tratado de Geografia são apresentados no inventário, no âmbito da documentação do pai, D. Pedro Miguel de Almeida (ponto 13).

O mesmo se verifica com a "Informação para a causa de Domingos Rodrigues Chaves quanto se pode alcançar com alguma certeza" que se refere a um negócio que correu mal a seu pai, D. Pedro Miguel de Almeida, e que estava por resolver.
Scope and content
Contém:

A oração proferida por ocasião da sua entrada na Academia da História, salientando as qualidades do seu fundador e a missão da Instituição.

Correspondência dirigida à mulher, à filha Leonor, ao filho Pedro.

A “Memória em como se encontram os bens da Casa devido principalmente a ter estado preso” [c. 1777]: Refere o estado de saúde da mulher, D. Leonor de Távora que ficou por administradora dos seus bens, a necessidade de nomear outro administrador, a alienação do recheio e de documentos da Casa, entre outros assuntos.

Documentos relativos à revisão do Processo dos Távoras [1780]-1808.
Arrangement
No inventário, a documentação de D. João de Almeida [e Portugal], 2.º Marquês de Alorna, encontra-se descrita na Segunda Parte, ponto 16.
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.

Instrumentos de Descrição, Casa Fronteira e Alorna: II - A. Inventário da Documentação da Família Almeida, L 505, p. 13-15.
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Portugal, Torre do Tombo, Casa Fronteira e Alorna, n.º 40, 41, 42, 43.

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Portugal, Torre do Tombo, Comissão dos Cartórios dos Juízos Extintos mç. 7, n.º 31, cx. 11

Portugal, Torre do Tombo, Manuscritos da Livraria, n.º 2658
Creation date
06/12/2019 12:36:40
Last modification
26/09/2024 11:47:24