Mosteiro do Santíssimo Sacramento de Alcântara de Lisboa

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/TT/MSSAL
Date range
1746 Date is certain to 1820 Date is certain
Dimension and support
1 mç.; papel
Biography or history
O Mosteiro do Santíssimo Sacramento de Alcântara de Lisboa era feminino, e pertencia à Ordem dos Pregadores (Dominicanos).

Era também designado por Convento do Sacramento, Convento dos Vimiosos, Convento do Santíssimo Sacramento de Alcântara, Convento do Santíssimo Sacramento de Alcântara de Lisboa.

Foi fundado por escritura de doação feita em Évora, em 20 de outubro de 1605, pelos condes de Vimioso D. Luís de Portugal e D. Joana de Castro e Mendonça, destinando-se a acolher religiosas da Ordem dos Pregadores.

A construção do mosteiro iniciou-se em 7 de janeiro de 1612, quando Frei D. João de Portugal tomou posse do Convento, tendo a primeira pedra sido colocada pelo Vice-Rei de Portugal D. Frei Aleixo de Menezes. Quatro anos depois, foram instaladas as primeiras religiosas.

Em 1620, terminou a construção da igreja de uma só nave, alta e escura, anterior à atual. Nesta data, o convento tinha 35 freiras, 30 de véu preto e 5 conversas, o máximo da sua capacidade de alojamento. Em 1635, o novo Vigário do Convento, João de Vasconcelos, decidiu demolir a igreja, com apenas 15 anos, e construir uma nova no mesmo local, com planta de cruz grega encimada por uma cúpula semiesférica de pé-direito alto. Atrás do altar-mor encontra-se uma capela-camarim destinada a guardar o sacrário e a famosa Custódia do Santíssimo Sacramento, peça do início de 1600, atualmente em depósito no Museu Machado de Castro, em Coimbra.

Durante a segunda metade do séc. XVII e a primeira metade do séc. XVIII, a lotação de 35 religiosas foi largamente ultrapassada.

Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.

Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.

Em 1859, já viviam no mosteiro apenas 13 religiosas, 8 pupilas e uma secular, com grandes dificuldades. Em 1889, o Convento cedeu espaços para associações de solidariedade e, em 1895, cedeu parte da propriedade para alargamento da Rua do Sacramento, dois anos antes do falecimento da última freira.

Foi extinto a 5 de Janeiro de 1897 e a igreja desafecta ao culto. Continuaram no edifício Associação Protectora de Meninas Pobres e o Dispensário da Rainha D. Amélia, aí instalados desde 1889 e 1893.

Em 1897, a 5 de Janeiro, o mosteiro foi extinto por morte da última religiosa.

Localização / Freguesia: (Lisboa, Lisboa)

Custodial history
É ainda desconhecida a história custodial e arquivística desta documentação.
Scope and content
Contém um processo relativo ao "Aqueduto ou canal por onde correm as águas que se tiram do poço da horta para dentro do mosteiro feito no ano de 1761", e requerimentos sobre algumas propriedades, e questões sobre a celebração de missas.

Fundos Eclesiásticos; Ordem dos Pregadores; Feminino
Arrangement
Ordenação numérica específica para cada tipo de unidade de instalação (maços).
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.
Related material
Portugal, Torre do Tombo, Arquivo das Congregações

Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, cx. 1984 - Inventário de extinção do Convento do Santíssimo Sacramento de Alcântara de Lisboa
Creation date
11/03/2020 13:26:57
Last modification
01/07/2020 09:27:15