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A Rui de Melo, moço fidalgo da casa del-rei, filho de dona Beatriz da Silva, confirmação de uma carta de D. João II, dada em Lisboa, a 2 de Janeiro de 1494 e escrita por Tomé Lopes, na qual, esguardando os serviços de Manuel de Melo, do Conselho del-rei e alcaide-mor de Olivença, lembrando-se de seu filho, Rui de Melo, lhe fazia pura e irrevogável doação das rendas e direitos que haviam vagado por morte de seu pai, seja: a portagem, a renda da alcaidaria, constituída pela carceragem e armas perdidas, o çalaio/celaio, e os serviços, novo e real, dos judeus, e a açougagem, a aduana e a renda das meunças, o terçoilo (1), o pé do altar e a dízima do pão e resíduos.

Description level
Item Item
Reference code
PT/TT/CHR/K/13/1-1
Title type
Formal
Date range
1499-09-02 Date is certain to 1499-09-02 Date is certain
Scope and content
E as doava em sua vida, com declaração que sua mãe houvesse, em sua vida, o direito e renda do terçoilo, e que Gonçalo da Silva, que tinha a fortaleza de Olivença - ou quem seu mandado nela tivesse - houvesse 70.000 rs. de mantimento, em cada ano, pelas rendas das armas e carceragem. E por falecimento de dona Beatriz, não estando Gonçalo da Silva ou nenhuma outra pessoa na dita fortaleza, haveria Rui de Melo todas as rendas. E porquanto dona Beatriz e Rui de Melo, a requerimento del-rei, deixaram à coroa as ditas rendas, foros e direitos, e, isso mesmo, o castelo da vila, para o dar e confiar a dom Álvaro, em contentamento e satisfação, aprouvera a el-rei que houvessem 400.000 rs., sendo: 300.000 rs., que era o que valiam por massa de 3 anos as ditas rendas em cada um ano, e 100.000 rs. pela honra do dito castelo, em vida de Rui de Melo e de um filho, com declaração que poderia fazer partido sobre ele por algum outro castelo, por bem do qual Rui de Abreu, fidalgo da casa del-rei e alcaide-mor em Elvas, se concertara com ele e, com aprazimento del-rei, lhe deixava a dita fortaleza por 100.000 rs. E quanto aos 300.000 rs. os haveria Rui de Melo desde o 1.º de Janeiro de 1500 em dias de sua vida, de que sua mãe, dona Beatriz, haveria 90.000 rs. pela renda do terçoilo, que por esta doação lhe estava dado, em parte do pago dos ditos 300.000 rs, e lhe fazia doação - a ela - dos direitos reais que tinha dom Martinho de Castelbranco, Vedor da Fazenda, na vila de Elvas, e os deixara pelos direitos reais de Torres Vedras. E os direitos reais de Elvas eram: a dízima das sentenças, açougagem, celaio, vento, as pensões dos tabeliães, foros e a defesa del-rei. E os 260.000 rs. que faleciam lhes seriam assentados no almoxarifado de Estremoz, pagos pelo rendimento das sisas de Elvas, pelos ramos das avenças, das hortas, das bestas, do azeite, da barbacena, e pelo ramo das defesas. E outrossim aprazia a el-rei que, vagando alguns outros direitos reais, de que ela e seu filho fossem contentes, e lhes pudesse dar, lhes pagaria por eles os ditos dinheiros, porquanto assim lhos dava nas sisas, com essa indicação. Gaspar Rodrigues a fez.
Physical location
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 13, f. 1
Creation date
29/04/2011 00:00:00
Last modification
07/02/2024 14:41:57
Record not reviewed.