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A Gonçalo de Albuquerque, fidalgo da casa del-rei e do seu Conselho, confirmação de uma carta de D. João I, dada em Santarém, a 16 de Abril de 1434, e escrita por Álvaro Gonçalves, na qual confirmava a Gonçalo Lourenço, seu criado e Escrivão da Puridade, dois instrumentos públicos, feitos e assinados por João Eanes, tabelião geral em todo o senhorio real.

Description level
Item Item
Reference code
PT/TT/CHR/K/20/21-71V
Title type
Formal
Date range
1497-11-21 Date is certain to 1497-11-21 Date is certain
Scope and content
No primeiro, feito em Vila Verde dos Francos a 11 de Abril de 1434, Violante Vasques - filha lídima de Vasco Pires, alcaide e senhor que fora de Vila Verde dos Francos, e de Beatriz Vasques -, como alcaidessa e senhora da dita vila, e Afonso Rodrigues, marido da dita alcaidessa, davam em escambo e por escambo a Gonçalo Lourenço e a Inês Leitoa, sua mulher, para eles e todos seus sucessores, a vila de Vila Verde com todas as suas jurisdições e direitos e direituras que em ela havia. E, com a dita vila, houvessem o senhorio e alcaidaria dela; e outrossim lhe davam todolos outros bens e direitos na vila e seu termo, e no logo de Cabanas da Torre, termo de Alenquer e em seu limite. E todas estas cousas lhe outorgavam em escambo por as suas quintas, lugares, bens e herdades, casas, lagares e assentamentos com suas cubas e vazilhas, que Gonçalo Lourenço e sua mulher haviam na vila do Cadaval, e na mata da quinta que fora de Rui Dias do Rego; e outrossim a quinta do Varatojo, com todalas vinhas, herdades, montados, pinhais, pacigos, montes e fontes, arroteados e por romper, dos quais Violante Vasques e seu marido se deram por entregues. E no outro instrumento - sem data -, Violante Vasques, alcaidessa, e Afonso Roiz, seu marido, metiam em posse da dita vila, alcaidaria, senhorio e direitos e direituras dela a Gonçalo Lourenço e lhe entregaram logo um tronco, uma cuba grande de ferro e colares e outras prisões pertencentes à alcaidaria. Da qual posse Gonçalo Lourenço deu juramento sobre os Santos Evangelhos a Domingos Vicente, juiz da vila. E o dito juiz, vereadores e procurador, e Pero Martins, tabelião, e outros muitos homens bons e moradores o receberam por seu senhor e lhe prometeram, em suas mãos, de lhe obedecerem e servirem bem e lealmente. E el-rei, pois lhe assim fora pedido por Violante Vasques e Afonso Roiz, confirmou a Gonçalo Lourenço os ditos instrumentos e outra escritura que pertenciam à dita vila e senhorio dela, e outrossim o dito escambo e contrato entre eles feito. E mais querendo fazer graça e mercê a Gonçalo Lourenço, como os feitos cíveis e criminais não íam perante os senhores e alcaide, mas perante el-rei e sua corte, nem tinha ouvidor que os ouvisse, lhe outorgava e fazia pura doação de tal jurisdição no dito lugar e que todalas apelações e agravos que saissem dante o juiz de Vila Verde dos Francos, fossem perante Gonçalo Lourenço e seus sucessores ou perante seus ouvidores, que por esta dava poder para os aí poder pôr. Vicente Rodrigues a escreveu.
Physical location
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 20, f. 21v
Creation date
29/04/2011 00:00:00
Last modification
07/02/2024 14:47:38
Record not reviewed.