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Confirmação a Fernão Coutinho, fidalgo da casa del-rei, da administração e bens da capela e albergaria de Santa Maria de Rocamador do Palmeiro de Pero Escuro, vaga por falecimento de seu irmão Lopo de Sousa Coutinho, igualmente fidalgo da casa del-rei.

Description level
Item Item
Reference code
PT/TT/CHR/K/21/23-120
Title type
Formal
Date range
1503-10-06 Date is certain to 1503-10-06 Date is certain
Scope and content
E Fernão Coutinho apresentou uma carta datada de Lisboa, 25 de Março de 1498 e feita pelo Secretário, Jorge Garcês. Nela Lopo de Sousa Coutinho, fidalgo da casa del-rei, informava que el-rei D. Duarte fizera mercê a seu avô, Lopo Afonso, seu Escrivão da Puridade, da provedoria e administração de Santa Maria de Recramador (sic) do Palmeiro de Pero Escuro, edificadas em Santarém, segundo uma Carta testemunhável, dada por mandado de Mem Cerveira, cavaleiro da casa del-rei e Contador das Obras e Juiz e contador dos Resíduos, Provedor dos Hospitais e capelas de Santarém e Alenquer, na qual vinha o trelado da carta de D. Duarte, em que fazia mercê em 3 pessoas, e a confirmação de D. Afonso V, em vida de Lopo Afonso e de um filho maior e seu neto. E por falecimento de Lopo Afonso viera por sucessão a Rui Lopes Coutinho que, por seus homízios e desterros não cumpria as obrigaçöes da capela e albergaria, pelo que as perdeu para el-rei. E embora Lopo de Sousa estivesse em posse da dita capela, a administração era del-rei que, confiando dele, o dava por verdadeiro e lídimo provedor e administrador da capela e albergaria de Santa Maria de Recramador (sic) do Palmeiro de Pero Escuro, edificadas em Santarém, e de todos os seus bens e herdamentos e terças. E Lopo de Sousa cumpriria uma série de encargos especificados. Assim relevava o mandar cantar missas na capela à Porta da Valada por ser longe e fora de mão; que na albergaria tivesse camas para el-rei, uma lâmpada acesa de noite e uma campã e uma albregeira e duas varas de pano para os pobres limparem as mãos quando as lavassem, e um pote e dois púcaros e dois potes e camareiros de barro para necessidades dos doentes. E adoecendo algum pobre lhe dessem de comer e o que necessário fosse até 10 dias, e os que aí morressem os mandassem soterrar a sua custa. E cumprido os ditos encargos, o mais que sobejasse das rendas e novidades, houvesse Lopo de Sousa para si livremente. E não o cumprindo assim, esta lhe pudesse ser tirada para a dar a quem melhor o fizesse. El-Rei o mandou por dom Pedro, Bispo da Guarda e pelo doutor Gonçalo de Azevedo. Francisco Dias de Gouveia a escreveu.
Physical location
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 21, f. 23
Creation date
29/04/2011 00:00:00
Last modification
07/02/2024 14:47:45
Record not reviewed.