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A Mafamede Laparo, capelão que foi dos mouros na cidade de Lisboa, foi dada carta de confirmação de aforamento, com base num instrumento de aforamento feito por Estevão Martins, mestre escola da Sé e provedor dos hospitais de Lisboa.

Description level
Item Item
Reference code
PT/TT/CHR/K/29/115-423
Title type
Formal
Date range
1498-02-16 Date is certain to 1498-02-16 Date is certain
Dimension and support
122 linhas
Extents
122 Livros
Scope and content
Nele se diz que "no ano de 1497 a 18 dias de Setembro em Lisboa no hospital dos meninos da dita cidade situado e edificado à porta de S. Vicente da Mouraria freguesia de Santa Justa, estando aí o muito honrado Estevão Martins, mestre escola e cónego na Sé da dita cidade provedor-mor e juíz dos hospitais e albergarias confrarias e capelas que em ela mesma e seus termos por especial mandado e comissão de D. Manuel; outrossim estando João Álvares, cavaleiro da casa real e juíz das sisas da dita cidade e provedor do dito hospital em presença de mim escrivão público dos ditos hospitais suso nomeados e das testemunhas adiante escritas apareceu aí alegado mouro forro, morador na Mouraria da dita cidade e bem assim Mafamede Laparo capelão dos mouros da dita cidade e logo foi dito que ele trazia aforadas em fatiota para sempre umas casas do dito hospital que estavam na Mouraria da dita cidade na Rua da Carnaceria que partem... (seguem-se as confrontações, com interessantes informes topográficos) e que ele pedia ao dito provedor-mor e ao provedor do dito hospital que lhe dessem licença e autoridade para que pudesse vender as ditas casas a Mafamede Laparo e que ele queria pagar ao dito hospital a dízima do preço para que assim as vendesse como El-rei e que o dito Mafamede Laparo pagaria ao dito ... do dito foro e pensão de 50 reais e uma galinha como ele ... pagava e mais que lhas vendia com tal condição que lhas aforasse novamente as ditas casas a Mafamede Laparo e sua mulher... e outra pessoa qualquer que quisessem nomear e o dito provedor-mor vendo o proveito que o dito hospital recebia nas ditas casas que estavam aforadas em fatiota e fazê-las em pessoas e com o consentimento do dito João ... provedor do dito hospital disse que ele aforava novamente e logo aforou ao dito Mafamede Laparo capelão e a Soraia sua mulher e a outra pessoa que ele quisesse nomear e que o dito Mafamede Laparo e a Soraia sua mulher serão a primeira e segunda pessoa e o último a morrer nomeará a terceira pessoa e com tal condição que eles paguem de foro e renda e pensão em cada um ano ao dito hospital os 50 reais brancos desta moeda corrente e a dita galinha boa de receber como dito é e com tal condição que eles façam e reparem as ditas casas de tudo o que lhes cumprir e mester fizer... e com a condição que as não possam vender nem doar tirar nem alhear as ditas casas... Acabadas as 3 vidas as ditas casas que fiquem livres e que o hospital fique com as casas e suas bemfeitorias e melhoramentos e as partes presentes...". Foram testemunhas o provedor-mor e o provedor do hospital e Fernão Gomes, escudeiro real e recebedor do hospital grande de Todos os Santos da dita cidade e Lourenço de Évora porteiro dos ditos hospitais e Heitor Tavares, escudeiro do dito Senhor e que a dita rogara que assinasse por ela e outros e "eu Gaspar de Castro, moço da capela do dito Senhor que agora por seu especial mandado tinha cargo de escrivão público dos ditos hospitais albergarias confrarias e capelas em a dita cidade e seus termos". Pediu o dito Mafamede Laparo que lhe confirmassemos a dita carta e lha confirmamos. Belchior Nogueira a fez.
Physical location
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 29, f. 115
Creation date
29/04/2011 00:00:00
Last modification
08/02/2024 08:55:53
Record not reviewed.