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Autos cíveis de petição e justificação de D. Ana Angélica Peregrina de Matos Lemos

Description level
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Reference code
PT/TT/JOLSB/D-F/0038/00005
Title type
Atribuído
Date range
1822 Date is certain to 1822 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; papel
Scope and content
Cônjuge: Joaquim José de Barros Laborão, escultor, falecido.

A ação prende-se com obras feitas pelo marido:

- para a capela da Bemposta: em baixo relevo a imagem de Nossa Senhora da Conceição e vários anjos em adoração, em pedra. Frontespício da capela e conclusão de 2 estátuas no átrio: uma de São João e outra da rainha Santa Isabel e os anjos dos altares, dois por altar.

- para o Paço da Ajuda, quatro estátuas de pedra "colossais": Diligência, Decoro, Honestidade e Desejo.

- para o palácio de Queluz, oratório da rainha, a imagem de São José, de madeira, a imagem de Nossa Senhora da Conceição, em madeira de buxo, a imagem de São Francisco, em pedra, a imagem de São Rafael, em madeira, as imagens dos santos advogados do parto.

- para D. João VI, uma imagem de São João, em madeira.
Physical location
Feitos Findos, Juízo dos Órfãos de Lisboa, mç. 38, n.º 5
Previous location
Feitos Findos, Fundo Geral, mç. 354
Language of the material
Português
Notes
Joaquim José de Barros Laborão.



"Nasceu em Lisboa em 1762, e tinha só 10 anos quando entrou como aluno na Aula de João Grossi, aonde persistiu 4 anos debuxando, e modelando. Passou depois para a escola de João Paulo, Escultor em madeira. Em qualidade de ajudante esteve com Raimundo da Costa, com o Padre João Crisóstomo, e ultimamente 5 anos com Manuel Vieira, aonde modelava, e acabava muitas obras estabelecido já em sua casa fez os modelos de Santa Clara, e S. Francisco, executados por Francisco Xavier, discípulo de José de Almeida, e por António Machado. O número das obras que tem feito é tão grande, que não o poderíamos aqui relatar, só faremos menção do baixo-relevo em mármore que está no t3^mpano da Igreja da Bemposta, e da Fama, com os retratos de Suas Majestades no obelisco de Belas.



O Márquez Regedor, muito afeiçoado às boas Artes, ficou tão satisfeito com a sua obra de Belas, que além da recompensa pecuniária, lhe solicitou o Habito de S. Tiago, fez-lhe todas as despesas para as habilitações, e quis ser seu padrinho na profissão.



Sua Majestade o premiou liberalmente, dando-lhe o lugar que Giusti ocupava em Mafra, com o mesmo ordenado.

Estava aquele estudo quase extinto, quando para ali foram os Padres Vicentes, estes mandarão continuar lentamente

a escultura das lunetas por modelos do Leal, executados por Braz Toscano de Mello, Roberto Luiz da Silva, e seu filho. Barros deu-lhe mais algum movimento; porém aconteceu a invasão dos Franceses que o paralisou. Entregou-se depois nas estátuas para o Palácio de Nossa Senhora da Ajuda, e fez a Honestidade, a Diligência, o Desejo, e o

Decoro, em cujas Obras o ajudarão seus filhos, e discípulos Manuel Joaquim, e José Pedro de Barros, e Gaspar Joaquim da Fonseca, natural de Viseu [i]. Morreu em 3o de Março de 1820 contando 58 anos. Jaz na Casa do Capitulo de Santo António dos Capuchos."







http://www.archive.org/stream/collecodemem00machuoft/collecodemem00machuoft_djvu.txt





Creation date
17/08/2011 13:20:02
Last modification
16/02/2024 14:29:55