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Cartas de Francisco de Sousa Pacheco, Enviado de Portugal na Holanda

Description level
Instalation unit Instalation unit
Reference code
PT/TT/CFTR-ALM/007-7.44/0109
Date range
1679-09-14 Date is certain to 1705-06-08 Date is certain
Descriptive dates
Ratisbona, Viena, Haia
Dimension and support
1 cód. (121 doc.); papel
Biography or history
Segundo Ana Leal de Faria, Francisco de Sousa Pacheco foi Enviado a Haia, 1694-1709. Missão Especial a Viena, 1698 (fuga do embaixador Carlos de Ligne). Missão Especial a Berlim, 1708.
Scope and content
Códice factício: "Cartas de Francisco de Sousa Pacheco Enviado de Portugal em Holanda, para o conde de Assumar, Embaixador de Portugal a Carlos III". Todas as cartas estão endereçadas ao conde de Assumar, em Lisboa. A carta n.º 120 encontra-se dirigida ao conde de Assumar do Conselho do Rei e Veador da sua Casa (de 24 de junho de 1696). Algumas apresentam selo de lacre preto ou encarnado.

Tem insertas duas cartas de José da Cunha Brochado ao conde de Assumar, do Conselho de Estado e Veador da Casa Real, datadas de Paris, de 28 de julho de 1695 (carta n.º 99-100) e de 1 de março de 1697, carta n.º 51.

As cartas do códice aludem:

- Aos rebeldes da Hungria que «estão pior que nunca animados à guerra [...]». O Eleitor da Baviera a quem foram tomados 40 carros de bagagem, e cinquenta e tantas mulas nas quais ía a sua secretaria.... A espera por lord Marlborough, a ida do príncipe Eugénio ao Danúbio para concerto de operações com os generais, a marcha do marechal de Villeroy ao encontro do conde de Talland «e desta forma todo o teatro de guerra será no Alto «Rhin» [Reno] e no Danúbio». O movimento dos exércitos nos Países Baixos. Os dois trombetas saídos de Hanôver que chegaram, e o atabaleiro por quem se aguarda e mais difícil de encontrar (Haia, 7 de junho de 1704, carta n.º 1). Inserta na carta mas solta encontra-se a Gazeta de Roterdão n.º 23, de 9 de junho de 1704.

- Carta que acompanha dois trombeteiros da Saxónia, um católico outro luterano; «nesse exército há gente de todas as nações». Alexandre Nunes da Costa, a despesa do embarque nas mesmas condições dos que foram para o conde de Tarouca (carta n.º 2).

- Rendição da praça de Landau (cartas n.º 3, n.º 17, n.º 22).

- Na carta n.º 4 encontra-se agregada a Gazeta [?] 4 de Amesterdão de 13 de janeiro de 1705.

- À falta de navios para comboiar os que estão carregados desde fevereiro com diversas munições e armas para a Campanha, o atabaleiro que tarda. Partida de galé de 20 peças de Amesterdão (carta n.º 5).

- Os marechais que foram em socorro do duque da Baviera; o progresso da jornada de [Carlos III], a expectativa de o ver introduzido nos seus Estados de Espanha (carta n.º 6).

- Os rebeldes da Hungria e a mediação do rei da Suécia melhor recebida que da Inglaterra e da Holanda, as dificuldades postas pela corte de Viena (carta n.º 7).

- «Os castelhanos têm tanta experiência da escravidão em que os tem posto os franceses, que é de crer que não desprezarão o caminho por donde podem chegar à sua antiga liberdade». O partido do rei da Suécia e a eleição de um novo rei. A situação na Polónia. Os rebeldes da Hungria. O perigo da junção das tropas de França com as de Baviera no Danúbio. A marcha do duque de Marlborough, o marechal de Villeroy (carta n.º 8).

- A rejeição dos estados de Brabante e Flandres da sujeição à França. Possibilidade de ocorrer uma batalha naval junto a Málaga (carta n.º 9).

- A vitória da Liga no Danúbio. A reunião do eleitor da Baviera com o marechal de Villeroy, a tomada da frota de Rook a Gibraltar (carta n.º 10).

- A acomodação da electriz da Baviera com o Imperador, pela qual se obrigou a entregar-lhe todas as praças, artilharias e respectivas provisões, dando licença às suas tropas para tomarem partido nas dos Aliados entre outras contrapartidas. A redução do castelo de Trarbach. A Praça de Gibraltar. As cartas vindas pelo paquebote de Inglaterra. A estadia de Carlos III na quinta do conde de Aveiras (28 de dezembro de 1704, carta n.º 12).

- Oficiais, cavalheiro e milícias que passam ao reino de Portugal, para servirem no exército de Carlos III (Haia, 10 de novembro de 1703, 27 de setembro de 1704, carta n.º 13).

- Envio de atabales em uma caixa. Ainda em falta os atabaleiros (carta n.º 14).

- Os homens no território de Colónia com ordens para marchar para Trèves... A expedição de navios para a Índia que estão nestes portos... (Haia, 30 de dezembro de 1702, carta n.º 15).

- A esperança de trazer os rebeldes da Hungria a um acomodamento, a França que «lhes inspira a obstinação», o papel da Inglaterra, libertar a Europa da escravidão «de que é ameaçada pelo exorbitante poder e força de sua majestade cristianíssima que quer dar lei a todos os príncipes conforme as conveniências de sua monarquia [...]» (Haia, 9 de março de 1705, carta n.º 15).

- Ainda os rebeldes da Hungria, a acção do duque de Sabóia (carta n.º 18).

- As caixas com tenda, leito e cortinado encomendados, a memória dos custos que Alexandre Nunes da Costa mandou satisfazer em virtude da ordem de António Rebelo da Fonseca (carta n.º 20).

- A guerra do Danúbio e as armas da Liga (carta n.º 24).

- A recuperação de Salvaterra, a tomada de assalto da Praça de Valença, o sucesso na vila de Alcântara. Os acontecimentos nos Países Baixos e em Itália (Haia, 8 de junho de 1705, carta n.º 26).

- A paz separada acordada no Piemonte «golpe sensível à Liga». A forma da cultura das tulipas, jacintos, renumelos [?] e junquilhos dobrados nos Países Baixos; feito o envio da memória das flores que foram, e agora o dos respectivos preços (Haia, 22 de julho de 1696, carta n.º 49).

- "Conta das flores que foram para o senhor conde de Assumar" inserta na carta de 23 de agosto de 1695 (n.º 66).

- Três caixões de flores com a respectiva memória em cada caixa inserta na carta de 9 de agosto de 1695 (n.º 67).

[...]

- Eleição do Eleitor da Saxónia por rei da Polónia, e a mudança do príncipe para a religião católica (Haia, 7 de julho de 1697, carta n.º 102).

- A ratificação da Paz pelo Império e a conclusão da negociação da Paz. Fim da campanha da Hungria com a batalha de Zenta, a destruição da Bósnia e a ruína de Seraglio, o ganho por assalto de Wipalanka pelo general Rabutin, no qual morreram 800 janísaros e turcos. Referência à acção do governador da Croácia (Haia, 8 de dezembro de 1697, carta n.º 103).

- "Epílogo da cultura de várias flores": tulipas, jacintos, junquilhos, anémonos e ranúnculos, enviado na carta de Haia, 6 de janeiro de 1697, carta n.º 104).

- A doença do conde das Galveias, o paradeiro desconhecido do marquês de Arronches e a calúnia que lhe foi imputada na corte de Viena (carta n.º 104A).

- As negociações de Paz por concluir, em causa as exigências do Imperador e as dificuldades postas pelos franceses. A frota de Bilbau caíu toda na mão de cinco navios franceses com prejuízo para os mercadores ingleses e holandeses (carta n.º 106).

- Ordens do Rei para Francisco de Sousa Pacheco passar à corte de Viena (Haia, 27 de abril de 1697, carta n.º 109).

- Os tratados particulares de Paz. A nomeação de Manuel de Melo e Castro. Gomes Freire e a sentença da Bobadela. Remessa do rol do custo das encomendas de flores (carta n.º 110).

- Evacuação das praças que se prometeu restituir. Casamento do duque de Lorena. A morte da duquesa de Lorena. A descoberta da mina de prata no rio de Sofala. Alusão à morte do padre António Vieira: «sempre será de saudosa memória por haver sido um tão singular orador igualando o conceito à frase, tendo demais o dom da clareza, achando nas Escrituras tudo o que quis provar a sua agudeza, mas a morte sendo a credora de todos os viventes tem mais jurisdição sobre os muitos [?] anos» (Haia, 6 de janeiro de 1698, carta n.º 111).

- A paz separada feita entre castelhanos, ingleses, e holandeses, saindo da Conferência às quatro horas da madrugada. A restituição das praças e a liberdade de comércio para os ingleses e holandeses. O acordo difícil entre os imperiais e a França. A vitória do príncipe Eugénio de Sabóia sobre os turcos. A coroação do Eleitor da Saxónia em Cracóvia. (carta n.º 114).

Entre outros muitos assuntos.

As cartas têm corte durado.
Arrangement
No inventário a documentação de D. João de Almeida, 2.º conde de Assumar, encontra-se descrita no ponto 7. Número de ordem tirado do Inventário.
Access restrictions
Necessita de intervenção de conservação.
Physical location
Casa Fronteira e Alorna, n.º 109
Previous location
N-VI-25
Language of the material
Português, francês
Physical characteristics and technical requirements
Em 2024 as cartas apresentam o suporte amarelecido ou escurecido e perda de suporte junto aos selos de lacre decorrente da abertura das cartas. Rotura de suporte na carta n.º 28, rotura e perda de suporte na carta n.º 57. Margens falhadas na carta n.º 121. Rasgão na carta n.º 61. Galeria e perda de suporte na carta n.º 117.
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.

Instrumentos de Descrição, Casa Fronteira e Alorna, II - Inventário da Documentação da Família Almeida, L505, p. 7.
Notes
Sobre Francisco de Sousa Pacheco veja-se a obra de FARIA, Ana Leal de - "Arquitectos da Paz: a Diplomacia Portuguesa de 1640 a 1815: com atlas, biografias e roteiro de fontes". 1.ª ed. Lisboa: Tribuna, 2008. p. 250.

Segundo o "Portal Diplomático", Francisco Sousa Pacheco teve posto na Legação em Haia, no cargo de Enviado Extraordinário, apresentou credenciais em 28 de abril de 1694 e cessou funções em setembro de 1709. [Em linha]. [Consult. 18 Mar. 2024]. Disponível em WWW:URL:https://portaldiplomatico.mne.gov.pt/relacoesbilaterais/paises-geral/titulares/paises-baixos-titulares
Creation date
17/10/2019 11:45:21
Last modification
20/03/2024 11:20:15