Serviços de Coordenação Económica, Cultura e Propaganda

Description level
Section Section
Reference code
PT/TT/ASDL-02JPE/I
Date range
1938 Date is certain to 1961 Date is certain
Dimension and support
106 unidades (vol., proc., liv.); papel
Biography or history
Os Serviços de Cultura da Junta de Província da Estremadura não se encontram regulamentados e funcionavam junto do Centro de Coordenação Económica da Junta de Província da Estremadura.

O Centro de Coordenação Económica tinha sobretudo como função a elaboração de estudos e pareceres sobre o desenvolvimento económico da Província, bem como a divulgação de estatísticas e propaganda sobre a obra realizada pelos diferentes serviços da Junta de Província da Estremadura.

De acordo com o artigo 12º, n.º 1, 2 e 4 do Código Administrativo de 1936, competia ao Centro de Coordenação Económica o estudo e execução dos problemas e trabalhos de caráter económico que lhes sejam propostos pelas Comissões Provinciais de Fomento ou ordenados pela Junta de Província através da realização de inquéritos relativos à vida económica da Província e seu incremento (art.º 312, n.º 1 do Código Administrativo); o aproveitamento e divulgação de estatísticas que interessem à economia regional (art.º 312, n.º2); o dever de informar sobre a conveniência de harmonizar os interesses económicos das indústrias e atividades de maior importância para a Província (art.º 312, n.º 4) e propor à Junta de Província a realização de estudos e investigações destinadas ao melhor aproveitamento dos recursos naturais da Província.

A Junta de Província da Estremadura na área cultural e dentro de um espírito de divulgação e propaganda dos ideais do Estado Novo, promoveu a criação e manutenção de Museus de arte e científicos. Promoveram exposições de arte e conferências doutrinárias, onde os preletores divulgavam a propaganda do Estado Novo, em áreas como a educação, área da assistência médica e da cultura artística, reconstituíam as tradições folclóricas, etnográficas e religiosas como as Festas do Espírito Santo, iniciadas pela Rainha Santa e que ressurgiram em 1945 em Alenquer. Estudaram e coligiram elementos para o estudo da “literatura popular” e tradições orais das gentes da Estremadura. Criaram a Biblioteca Provincial com o serviço editorial onde se destaca a publicação anual do “Boletim da Junta de Província da Estremadura”, onde se divulgavam os estudos, as análises estatísticas e relatórios de atividades de todos os serviços da Junta de Província. Fomentaram-se os estudos históricos através da promoção das atividades de estudos e investigadores de arte, arqueologia e etnografia.

A Junta promoveu a criação de museus científicos como o “Museu Oceanográfico e de Pesca de Setúbal” a 23 de Janeiro de 1955, vocacionado para o estudo das ciências naturais e da zoologia marinha, sendo a sua coleção constituída por espécies da região, artefactos de pesca relacionadas com a fauna marítima.

Em 1944 a Câmara Municipal de Alenquer com o apoio da Junta de Província da Estremadura adquiriu o espólio arqueológico ao erudito e arqueólogo Hipólito da Costa Cabaço que viria a servir de fundo à instalação do Museu Arqueológico de Alenquer. Este espólio está classificado como de importância primordial para a compreensão do paleolítico peninsular.

O Museu Provincial José Malhoa, nas Caldas da Rainha, foi criado por portaria do Ministério da Instrução Pública, de 24 de maio de 1934, instalado inicialmente na “Casa dos Barcos”. Em 1940 foi inaugurado o Museu em novas instalações, criadas de raiz para o albergar. Inicialmente faz parte do recheio do museu a coleção do artista José Malhoa, que tinha sido doada pelos herdeiros, ao qual se foram juntando ao logo dos anos outras coleções de arte. Este museu constituiu um referencial cultural para a comunidade local e com grande projeção na comunidade educativa, em particular a ligada aos estudos artísticos, em particular para os alunos da Escola Comercial e Industrial Rafael Bordalo Pinheiro. O Museu foi ainda no decurso da vigência da Junta de Província, ampliado e melhorado em 1950, procedendo-se em agosto desse ano à reabertura com a Exposição Nacional de José Malhoa, onde figuram 182 obras do artista. Os fundos e as coleções do museu foram sendo enriquecidas com diferentes espólios adquiridos por compra, doação, etc.
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Language of the material
Português
Creation date
09/12/2020 11:06:43
Last modification
24/05/2021 11:39:53