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Cópia de uma petição que António de Almeida, boticário, fez à Mesa da Misericórdia sobre o preço das mezinhas que dá aos enfermos do Hospital

Description level
Item Item
Reference code
PT/TT/HSJ/A-D-A/004/0941/00038
Title type
Formal
Date range
1648-11-28 Date is certain to 1649-02-03 Date is certain
Dimension and support
1 fl.; papel
Scope and content
António Almeida, boticário do Hospital informa que os médicos do mesmo Hospital têm dúvidas em contar as receitas das mezinhas que receitam aos doentes. Fazem-nos porque ainda não existe um regimento autêntico, por onde se possam guiar. Também não se podem fazer contas nem pagamentos enquanto não houver clareza nos preços por onde se devem contar as mezinhas. Neste hospital existe uma provisão para que se abata a quarta parte ao boticário, mas quando parecer que não a mesma não está a ser cumprida, ordena-se que, duas pessoas sob juramento ponham os preços conforme o valor das drogas e que a partir daí façam um regimento, para que nem o hospital nem o boticário percam dinheiro. Assim, pede-se que se faça um regimento autêntico dos preços das mezinhas por onde os boticários se possam guiar.



Despacho do Conde de Vimioso

Indica que para se deve apresentar o regimento do boticário como regimento para estes casos. Lisboa, 23 de Novembro de 1648.



Informação dos Médicos do Hospital

Viram o ponto do regimento dedicado às mezinhas do hospital e nele constava que as mezinhas deviam contar pela metade do preço do regimento, e algumas deveriam ser contadas pela terça parte e algumas, muito poucas, pelo mesmo preço do Regimento d’ El Rei.

Como há falta de medicamentos, os preços destes estão bastante elevados. Assim para não prejudicar o Hospital nem o suplicante entendem que as mezinhas devem ser contadas pelo Regimento do Rei. Depois de feitas as contas, o suplicante terá direito a uma terça parte do dinheiro. 22 de Janeiro de 1649



Informação

«Pretende o supplicante Antonio de Almeida, ser melhorado nos preços das mezinhas, que dão pera os enfermos, deste Hospital em resão da carestia dos tempos, que fez subir os preços, assi ao assucar, como outras cousas necessarias pera os medicamentos, pera o que prezentou o regimento del Rey e porque até agora, se lhe contavão as mezinhas, que vistos, pellos médicos da caza, resolvem, que as mezinhas, que daa o supplicante, se lhe contem pello regimento d’ El Rey, e que depois, se lhe tire a terça parte, como se ve da sua resposta junta; [...] o supplicando, propondo as resoens, que tem, pera na forma da Provisão, se lhe tirar somente a quarta parte, mormente avendo se lhe tirado a porta que tinha pera a rua, com a qual aberta, ganhava, com o porco, o que não interessa com o hospital; não se nos oferece duvida, a que a porta, se lhe abra pera a rua, como sempre teve, pera assi, com sua utilidade poder acudir, a caza, em que não perde nada, ou não parecendo se lhe deve deferir, em forma que tenha, conveniência alguma visto, o subido preço do assucar, que tem nos tempos prezentes.»

Lisboa, 29 de Janeiro de 1649



Despacho da Mesa

A mesa conforma-se com a informação e em conformidade com esta pede que se contem as mezinhas ao suplicante, tirando-se a terça parte para depois se fazer o pagamento.

Mesa, 3 de Fevereiro de 1649

A petição foi registada no livro a 8 de Junho de 1649.

Physical location
Hospital de São José, liv. 941, fl. 166
Language of the material
Português
Creation date
16/07/2010 00:00:00
Last modification
19/02/2019 14:37:38